Ibaneis pede a Temer mudança no sistema do Fundo Constitucional do DF
Ideia é que a aposentadoria de policiais seja paga pelo regime próprio da Previdência Social, e não com recursos do Fundo
atualizado
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Um dia após ser eleito governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), foi ao Palácio do Planalto, nesta segunda-feira (29/10), para tentar conseguir recursos para a capital. Um dos pedidos de Ibaneis para o presidente Michel Temer (MDB) foram alterações no modelo do Fundo Constitucional do DF.
Segundo Ibaneis, o objetivo é que a aposentadoria de policiais seja paga pelo regime próprio da Previdência Social. “Essa análise será feita dentro do governo. A medida liberaria recursos para que possamos contratar novos policiais e melhorar a segurança”, disse o governador eleito.
Outro pedido feito a Temer foi a criação da Zona de Livre Comércio no DF. A ideia é similar ao que ocorre na Zona Franca de Manaus: consiste em abrir mão de uma parte da arrecadação de impostos para aumentar a arrecadação com o fluxo de negociações entre os estados. Seria uma proposta para gerar emprego e renda e alavancar a economia da capital.
Segundo o governador eleito, que levou os filhos Caio, 20 anos; e João Pedro, 13, para o encontro, Temer recebeu bem a proposta e pode encaminhá-la ao Congresso Nacional nos próximos dias.
“Pode ser feito por meio de decreto. O presidente já colocou uma equipe para analisar a proposta. Ainda temos dois meses de governo pela frente. Dá para fazer muita coisa”, afirmou Ibaneis, durante entrevista coletiva.
O governador eleito ainda conversou com Temer sobre a criação da região metropolitana, mudando o Estatuto das Cidades. “Brasília precisa assumir sua característica, que é de integração nacional. O DF foi criado para ser um polo de integração entre o Norte, o Sul e o Nordeste”, disse.
Foram tratadas ainda mudanças no Fundo Constitucional a fim de garantir mais recursos para a segurança pública.
A reunião, chamada de “encontro de transição”, durou cerca de 30 minutos. Estiveram presentes os ministros dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha, e da Secretaria de Governo, Carlos Marun.
Ao sair do Planalto, por volta das 18h30, Ibaneis foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) conversar com o ministro Dias Toffoli.