Herdeiro do grupo Giraffas quer ser governador do Distrito Federal
Alexandre Guerra, 36 anos, filho do fundador da rede de fast-food, deve ser o candidato do Partido Novo ao Palácio do Buriti
atualizado
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O conselheiro e herdeiro da rede Giraffas, Alexandre Guerra, quer entrar na disputa pelo Governo do Distrito Federal. Filho de Carlos Guerra – fundador da lanchonete, em 1981 – o empresário de 36 anos iniciou um processo seletivo dentro do Partido Novo para disputar o cargo majoritário.
Guerra trabalha na rede de fast-food brasiliense há 20 anos, foi CEO do grupo entre 2012 e 2016 e hoje é membro do Conselho de Administração da organização, com mais de 410 unidades no território nacional e no exterior. Os restaurantes da rede atendem 90 mil pessoas por dia e têm cerca de 10 mil funcionários.
Formado em direito, Alexandre Guerra tem mestrado em administração e MBA em comércio internacional e está incluído em uma mobilização do Partido Novo para as eleições de 2018. Inscrita oficialmente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desde 2015, a legenda terá um candidato para concorrer ao Palácio do Buriti. Mas a confirmação do herdeiro do Giraffas depende da conclusão de procedimentos internos da agremiação.Filiado ao Novo há mais de um ano, Alexandre Guerra passou pela primeira fase da seletiva e precisa avançar em mais três para ter o nome divulgado na convenção estadual, em julho de 2018.
O processo é uma exigência do Novo para os que desejam se candidatar a qualquer cargo eletivo. Antes de um nome ser lançado, é preciso que a pessoa passe por quatro etapas do processo. Os interessados precisam apresentar currículo; gravar um vídeo de dois minutos explicando o porquê da filiação; ser aprovado em uma prova de alinhamento com os valores da agremiação; e ter o aval de uma banca examinadora formada por cinco integrantes de diretorias regionais.
“O Alexandre nunca foi candidato e vive um momento profissional que o torna apto a se dedicar ao projeto. Vamos aguardar a conclusão de todas as etapas da seleção. Mas o nome do candidato ao GDF só será anunciado em julho de 2018”, afirmou o presidente do Novo no DF, Edvard Corrêa.
O ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB) Ivan Camargo também chegou a ser cotado para a disputa do cargo majoritário após seleção. No entanto, Camargo trabalha em um projeto na França que vai durar dois anos, e não poderá participar do pleito.
Além da disputa para o GDF, o Novo tem hoje 68 pessoas em fases diferentes do certame interno para disputar cargos de deputados federal e distrital e senador.
Procurado pelo Metrópoles, Alexandre Guerra disse que não vai comentar a disputa pelo Buriti até a confirmação se será ou não candidato pelo Partido Novo.
Posicionamento do Giraffas
Após a publicação da reportagem, o Giraffas se posicionou sobre a candidatura de Alexandre Guerra por meio de nota. “Em relação a eventual participação de Alexandre Guerra nas eleições de 2018, a rede ressalta que não diz respeito e não afeta as atividades da empresa, registrando apenas que ele não desempenha atividades de executivas no Giraffas. A empresa reforça que não tem qualquer atuação política ou vinculação a partidos e não se manifesta sobre as posições de alguma agremiação específica”.