Movimento reúne 2 milhões de assinaturas contra corrupção
Representantes da campanha 10 Medidas Contra a Corrupção e a Impunidade querem punir mais severamente esses crimes. As propostas foram entregues ao Congresso Nacional
atualizado
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A semana nem começou e as notícias sobre o cenário político intensificam os debates sobre a corrupção no país. Nesta terça-feira (29/3), cerca de 200 representantes de movimentos populares, de acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal, se reuniram na Avenida das Bandeiras para entregar um documento no Congresso Nacional com cerca de 2 milhões de assinaturas coletadas pela campanha 10 Medidas Contra a Corrupção e a Impunidade.
Segundo o grupo, o projeto, elaborado pelo Ministério Publico Federal (MPF), contempla 20 anteprojetos de lei que visam prevenir e punir mais severamente os crimes de corrupção, além de garantir a devolução dos valores desviados aos cofres públicos.O acompanhamento da tramitação do projeto no Congresso pode ser feito por meio do site www.dezmedidascontracorrupcao.org . O documento estará disponível para que a população acompanhe em tempo real como deputados e senadores estão votando.
O evento começou às 14h em uma cerimônia na Procuradoria-Geral da República. Após a solenidade, o projeto com as assinaturas foi levado em uma marcha até o Congresso Nacional. A iniciativa do MPF de converter propostas de combate a corrupção em projetos de lei conta com o apoio de vários setores da sociedade. Atores e atletas, entre eles Cássia Kis Magro, Luana Piovani, Thiago Lacerda e Rodrigo Minotauro viajaram à Brasília para participar do ato.
Movimentações políticas
A entrega dessas assinaturas ocorre no mesmo momento em que o PMDB anunciou oficialmente o rompimento com o governo Dilma Rousseff. A decisão foi tomada durante a reunião do Diretório Nacional e anunciada na tarde desta terça-feira (29).
A saída do partido já era esperada pelo PT. Na segunda-feira (28), o vice-presidente Michel Temer afirmou ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o partido iria se afastar da base governista.
Também nesta terça, um pato inflável de 20 metros de altura foi instalado no canteiro central da Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional, em um ato contra o governo. O objeto é símbolo da campanha “Não vou pagar o Pato”, deflagrada no ano passado pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e está de volta a Brasília, agora no rastro do impeachment da presidente Dilma Rousseff.