GDF corta combustível, carro oficial, papel e até o cafezinho
Decreto do governador, publicado nesta quinta (17/9), determina fechamento temporário de serviços não essenciais para reduzir despesas
atualizado
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Para reduzir em 25% as despesas de custeio, a ordem do Palácio do Buriti é cortar papel, copos descartáveis, cópias, carro oficial, combustível e até o cafezinho. Com isso, órgãos do Governo do Distrito Federal e empresas públicas que dependem financeiramente do tesouro local devem suspender, até fevereiro do ano que vem, todos os serviços que não sejam considerados essenciais à população.
Tirando saúde, educação e segurança, a determinação é paralisar as atividades internas de governo, chamadas de áreas meio, que hoje fazem basicamente serviços burocráticos. A Secretaria de Administração, por exemplo, já decidiu reduzir a sua área de transporte: 76 veículos serão devolvidos.
Reconhecimento de dívida
Além disso, estão proibidas de pagar participação nos lucros ou resultados a seus empregados. Devem reduzir em 20% as despesas com comissionados e funções de confiança e rever contratos de licitação.
As medidas fazem parte do pacote de austeridade anunciado pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB) para dar um alívio ao orçamento do GDF. Enquanto corta despesas e tenta aumentar a sua arrecadação, o Palácio do Buriti age em outra frente: publicou decreto reconhecendo uma dívida de R$ 1,2 bilhão com empresas prestadoras de serviço e fornecedores. Com isso consegue reverter a fama de caloteiro. Mas só vai começar a pagar os débitos em julho do ano que vem, num prazo de cinco anos, em parcelas.
Para entrar na fila de pagamento, as empresas que tenham dinheiro a receber do GDF devem se cadastrar num prazo de até 90 dias e provar a existência da dívida. De acordo com o presidente da Fecomércio, Adelmir Santana, o decreto representa um avanço, já que até hoje essas eram dívidas não admitidas pelo governo.
Foto: Michael Melo/Metrópoles