GDF inicia corte de comissionados do PDT, que perderá 500 cargos
O partido, que deixou a base aliada na terça-feira (10/10), começa a pagar o preço por ter desembarcado do GDF
atualizado
Compartilhar notícia
Dois dias após o PDT anunciar que o partido deixaria a base do governo Rodrigo Rollemberg (PSB), teve início a retaliação por parte do GDF. Nesta sexta-feira (13/10), o Diário Oficial do DF publicou duas exonerações: o subsecretário Dilson Almeida deixou a pasta de Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri); e Luciana Soares de Holanda não é mais chefe de gabinete da Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh).
As medidas são as primeiras de uma série e, segundo as lideranças pedetistas, a legenda deve perder cerca de 500 cargos que hoje tem no Executivo local. Destes, 25 são de filiados ao partido.
Na quarta-feira (11), Rollemberg se reuniu com os principais nomes da sigla com postos no GDF e afirmou que fará o levantamento dos cargos do partido para promover uma redistribuição. Na próxima segunda-feira (16), está previsto um desligamento importante: o do titular da Sedestmidh, Gutemberg Gomes. Ao Metrópoles, ele confirmou a saída.
Preciso finalizar a assinatura de alguns documentos oficiais. Como conversei com o governador, em uma reunião muito amistosa, meu cargo ficará à disposição já a partir de segunda
Gutemberg Gomes, secretário da Sedestmidh
Abandono
Os atritos entre o PDT e o governador começaram com o posicionamento contrário dos deputados distritais do partido – Reginaldo Veras e o presidente da CLDF, Joe Valle – na votação da reforma da Previdência.
Em nota publicada na quarta (11), o governo lamentou a decisão dos agora ex-aliados. “O GDF espera que o PDT realmente respeite os seus compromissos com a cidade e sua população e vote a favor de projetos que são importantes para o desenvolvimento econômico e social do Distrito Federal”, comunicou o Executivo, em nota.