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GDF diz que cumpriu 82% das promessas de campanha registradas no TSE

Secretária de Planejamento faz balanço positivo dos três anos da gestão de Rollemberg. Educação foi a área com menos objetivos alcançados

atualizado

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1 de 1 leany lemos - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em 2018, o governo de Rodrigo Rollemberg (PSB) chega ao quarto e último ano em baixa com a população. Porém, embora 73,4% dos brasilienses avaliem negativamente a gestão do socialista segundo a pesquisa encomendada pelo Metrópoles ao Instituto Dados, a secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag), Leany Lemos, fez uma análise positiva dos três primeiros anos do governador no Palácio do Buriti. Das 467 promessas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 15% não saíram do papel e 3% ainda aguardam validação para começarem a se tornar realidade.

A educação foi a área que teve menos compromissos atendidos durante os três primeiros anos da gestão: 20 dos 65 não foram iniciados ou concluídos. Atrás, estão a assistência social e a mobilidade, com percentuais de 29% e 27%, respectivamente, de promessas que ficaram pelo caminho.

Algumas promessas, como a construção de 369 creches, excederiam os quatro anos e, por isso, mudanças estratégias foram necessárias, explicou Leany Lemos. Foram construídas 23 creches e seis estão em andamento, o que insere esse ponto no percentual de 82% de iniciativas concluídas ou em execução. A secretária, porém, não detalhou quais foram 100% entregue à população.

“Ela tem o maior percentual de não concluído, mas é a área que tem 65 ações. Então, a educação tem mais de 40 ações que já foram pelo menos iniciadas. Algumas questões mais relacionadas à parte de gestão e de legislação ainda não foram iniciadas, mas poderão ser ao longo de 2018”, pondera a secretária.

De acordo com Leany, os investimentos dependentes de recursos federais, como a ampliação do metrô, ficaram por fazer porque não houve empenho da verba esperada. A gestora garantiu, porém, que ao menos a licitação deve ocorrer ainda neste governo. “É algo muito caro. Para dois quilômetros de extensão, são necessários R$ 330 milhões, só do governo federal, faltando a contrapartida do GDF. Mandaram um ofício em dezembro afirmando que iriam liberar”, assegurou.

Os detalhes dos projetos concluídos e não concluídos estarão disponíveis para a população em até 90 dias, anunciou a chefe da Seplag. Em três anos, o governo investiu R$ 2,5 bilhões, segundo Leany Lemos – foram R$ 675 mil em 2015; R$ 684 mil em 2016 e R$ 1,1 bilhão em 2017.

Dinheiro para 2018
Para este ano, o orçamento do GDF é de R$ 42,4 bilhões. O Executivo local ainda espera o incremento de R$ 1,2 bilhão do Instituto de Previdência dos Servidores (Iprev). A emenda deve ir para votação na Câmara Legislativa do DF (CLDF) em 15 de janeiro. “Tem mais ou menos R$ 500 milhões para investimentos. O grande foco é a educação, há R$ 287 milhões para essa área. Uma parte também para mobilidade, para paradas de ônibus, ciclovias, e uma série de investimentos em outras áreas, como Unidades Básicas de Saúde”, revela.

Reajuste descartado
Sobre a última parcela do reajuste dos servidores, que deveria ter sido paga em 2015, Leany foi enfática: está descartada. De acordo com ela, seriam necessários R$ 2 bilhões anuais para garantir o aumento aos profissionais de diversas áreas. “Precisa de uma receita que entre todo ano. Só tem uma solução para isso hoje: aumentar imposto. O governo não vai aumentar imposto para dar aumento”, finalizou.

O reajuste salarial para o funcionalismo foi concedido por meio da Lei nº 5.192/2013, ainda na gestão Agnelo Queiroz (PT). A ideia era aplicar os percentuais — que variam de acordo com cada categoria — em três parcelas anuais. As de 2013 e 2014 foram incorporadas aos contracheques dos servidores.

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