GDF dará sequência à reforma administrativa após o carnaval
Alguns cargos começam a ser definidos. Secretaria de Ciência e Tecnologia deve deixar de ser adjunta e PSD ganha espaço
atualizado
Compartilhar notícia
É véspera de carnaval, mas nos corredores do Palácio do Buriti e nos gabinetes da Câmara Legislativa do DF, a busca não é por fantasias. As exigências são de cumprimento de promessas e mais espaço dentro do governo. Agora, passadas as eleições das comissões, estão abertas as negociações para o troca-troca. A reforma administrativa é dada como certa e deve ter dois eixos principais: tirar quem não correspondeu às expectativas do governador e firmar apoios políticos.
Embora no GDF os acordos mudem com a rapidez de um amor conquistado na folia, o certo é que o PSD será contemplado. A administração de Santa Maria, antes indicação do deputado Robério Negreiros (PSDB), deve passar para o distrital Cristiano Araújo (PSD). Nos 45 do segundo tempo, ele compôs o blocão de 14 distritais que ajudou Rodrigo Rollemberg a eleger os presidentes das comissões.
O vice-governador, Renato Santana (PSD), também pode entrar na costura feita entre Rollemberg e o deputado federal Rogério Rosso (PSD). Duas probabilidades colocadas são de que Santana assuma uma administração ou uma secretaria. Se ele voltar para o alto escalão do GDF, cogita-se que entre no lugar de Gutemberg Gomes, hoje titular da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos.
Se assumir, Santana não chefiará a supersecretaria montada pelo presidente da Câmara, deputado Joe Valle (PDT), quando era secretário. A pasta deve ser desmembrada. Ainda não se sabe se em duas ou em três. As possibilidades são: ficam juntas a Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social e são separadas Mulheres e Igualdade Racial. Ou separa-se em três: Trabalho; Desenvolvimento Social; e uma pasta sozinha ou vinculada a outra secretaria de Mulheres e Igualdade Racial.
Se a pasta de Trabalho for desmembrada, se mantém com o atual titular, Thiago Jarjour (PDT). Embora o retirada de Gutemberg seja um boato forte dos bastidores, o governador tem comentado à pessoas próximas que está satisfeito com a adjunta do Trabalho. O Desenvolvimento Social ainda deve ir para o PSD, mas, nesse caso, é cogitado o nome de Karina Rosso, esposa do deputado federal e hoje lotada na subsecretaria da Micro e Pequena Empresa. Mulheres e Igualdade Racial devem contemplar o PSB.
O grande dilema é que Rollemberg precisa negociar, precisa mudar, mas está engessado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Ele não pode aumentar gastos com a folha de pagamento, que hoje é responsável por 80% das despesas do governo.
Possibilidades
A administração do Gama será mantida com o Solidariedade, partido presidido no DF por Augusto Carvalho. A mesma certeza não pode ser dada para a correligionária de Carvalho. A Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania, com indicação de Sandra Faraj (SD) começou a entrar nas negociações.
A secretaria adjunta de Ciência e Tecnologia, chefiada por Marcelo Aguiar, deve ganhar novo status. Depois de negociações com o deputado Cláudio Abrantes (Rede) e após apresentar resultados positivos na construção de projetos, a pasta deve sair da estrutura da Casa Civil e seguir carreira solo.
Na Secretaria das Cidades, Marcos Dantas, pode abrir espaço para correligionários do PSB e mudar de cargo pela quarta vez em dois anos. Conselheiro e amigo de Rollemberg, nos bastidores as informações são que Dantas pode alçar novos vôos. Se for recriada a Secretaria de Governo, por exemplo, é um cargo a se cogitar. Se ele sair, os dois nomes cotados são o secretário adjunto de Relações Institucionais, Igor Tokarski, ou o administrador do Plano Piloto, Marcos Pacco.
Embora existam burburinhos de que Rodrigo Delmasso (Podemos) assumiria a Secretaria de Habitação no lugar de Thiago Andrade, ninguém confirma a informação. “Não recebi nenhum convite”, disse Rodrigo Delmasso.