Galinhada, funk e “Corollão” marcam agenda de Eliana no Capão Comprido
Atraso de mais de duas horas na agenda irritou apoiadores. Algumas pessoas deixaram o local antes mesmo da chegada da candidata do Pros
atualizado
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A visita de Eliana Pedrosa (Pros), neste domingo (2/9), ao Núcleo Rural Capão Comprido, em São Sebastião, foi marcada por expectativa, frustração e galinhada. Cerca de 250 moradores da região esperaram a candidata desde o fim da manhã, mas ela chegou apenas às 14h. A demora fez com que apoiadores fossem embora antes do ato de campanha.
Entre os dissidentes, estava um candidato a deputado distrital que promovia seu nome ao som de uma insistente versão do funk “Din Din Din”, da cantora Ludmilla.
Para entreter e diminuir a ansiedade dos moradores, uma galinhada foi servida em bandejas de isopor pelas lideranças comunitárias da região. Ao chegar, Eliana também saboreou a receita. A candidata ficou exatos 34 minutos no local. Ela tentou, ao menos, cumprimentar a todos os presentes. Crianças e mulheres eram a prioridade.
A visita da ex-deputada distrital parece não ter agradado a todos que acompanharam o ato. Uma das moradoras criticou a presença da buritizável. “Meteram um Corollão no Capão! Só na política mesmo”, ironizou a mulher sobre o carro que conduzia a candidata.
Oração e promessas
À tiracolo de Eliana, estava o candidato ao Senado da chapa, Juiz Everardo Ribeiro (PMN). Ela pediu votos para ele, apresentado no encontro como primo de Joaquim Roriz. Ao final do evento, eles puxaram uma oração pela saúde do ex-governador.
Antes de terminar, no entanto, a candidata prometeu regularizar propriedades da região e voltou a criticar a atuação da Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis).
A Agefis não vai derrubar a casa de ninguém aqui não! Uma casa não é só parede e tijolo. Onde tem um lar, Jesus está presente. Nós não vamos permitir a maldade com esse povo
Eliana Pedrosa, candidata ao Palácio do Buriti
A postulante, no entanto, pediu que os moradores do Capão Comprido não permitam a ocupação de novas áreas irregulares. “A gente não vai deixar ao deus-dará, para depois isso aqui crescer e não ter lugar para pôr uma escola, um centro de saúde, uma igreja.”
A visita de Eliana Pedrosa ocorreu quatro dias após uma operação da Polícia Civil do DF que cumpriu quatro mandados de busca e apreensão contra suspeitos de integrar uma organização criminosa que parcelava irregularmente lotes da chácara 58 de São Sebastião. Segundo as investigações, a quadrilha teria lucrado cerca de R$ 2,1 milhões com o esquema ilegal.