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Futuro secretário de Saúde aguarda dados para definir destino do IHB

Osnei Okumoto afirmou nesta segunda-feira (3/12) que um dos pilares da sua administração na Saúde do DF será a transparência

atualizado

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JP Rodrigues/ Especial para o Metrópoles
Osnei Okumoto
1 de 1 Osnei Okumoto - Foto: JP Rodrigues/ Especial para o Metrópoles

O próximo secretário de Saúde do Distrito Federal, Osnei Okumoto, pretende analisar os dados do Instituto Hospital de Base (IHB) para tomar uma decisão sobre a gestão da unidade. Uma das principais promessas de campanha do governador eleito Ibaneis Rocha era justamente o fim do modelo. “Já vi administração com organização social que funciona muito bem, outras nem tanto. Não tenho ainda opinião formada”, declarou o farmacêutico-bioquímico, em coletiva de imprensa realizada na tarde desta segunda-feira (3/12).

Okumoto e Ibaneis já trataram a respeito do IHB. Segundo o futuro gestor, os dados relativos ao órgão estão sendo levantados para que a equipe de transição da Saúde possa elaborar um parecer e encaminhar ao emedebista, o qual tomará decisão a respeito do futuro.

Atual secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Okumoto afirmou que um dos pilares da sua administração será a transparência. De acordo com ele, os processos de compra de medicamentos e equipamentos serão disponibilizados à população e os profissionais da rede pública serão monitorados digitalmente. “A gente quer transparência em tudo, tanto nas contas quanto de quem está trabalhando.”

O escolhido de Ibaneis contou que há uma proposta de monitoramento das unidades de saúde. “Isso nos daria a realidade imediata do que está acontecendo, quer seja falta de medicamento ou sobre o gerenciamento de internações”, completou. Ele destacou que cada hospital teria uma sala contendo entre oito e 10 monitores. “A gente consegue verificar os pacientes e médicos que estão atendendo, além de ter controle sobre os insumos”, disse.

De acordo com o futuro gestor, o projeto não sairia caro. “É viável e uma prioridade para disponibilizar o acesso da população ao sistema de saúde”, acrescentou.

O secretário-adjunto de Atenção em Saúde será Sérgio Luiz da Costa. Ele afirmou que o foco será os três níveis de atendimento: básica, média e alta complexidade. “Temos muitos desafios a serem enfrentados nesse sentido”, declarou. O time executivo da pasta será composto também pelo futuro secretário-adjunto de Gestão, Francisco Araújo.

Escândalo
Na última quinta-feira (29/11), o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) deflagrou a Operação Conexão Brasília. A força-tarefa investiga possíveis fraudes em licitações na Secretaria de Saúde. No caso revelado, o crime teria ocorrido na aderência de uma ata de registro de preço do Rio de Janeiro, em conluio com esquema envolvendo o ex-governador Sérgio Cabral. O prejuízo é calculado em R$ 19 milhões, mas a corrupção pode ter causado rombo de R$ 2,2 bilhões.

Anunciado como o próximo secretário no mesmo dia, Okumoto disse não saber de tudo que aconteceu. “Mas a gente tem conhecimento do que é certo”, pontuou. Segundo ele, se existir necessidade de aquisição de produtos, atas de registro de preço serão montadas. “Se tiver outras vigentes no país, vamos pegar as que têm preços comprovadamente verdadeiros, em caso emergencial, mas queremos ter as nossas atas de acordo com a necessidade da população daqui”, ponderou.

Perfil
Servidor de carreira do estado de Mato Grosso do Sul, Okumoto está cedido ao governo federal. “Ele ocupou vários cargos importantes no setor e é um especialista em gestão hospitalar. Além do mais, é um homem de extrema confiança do próximo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta”, atestou Ibaneis Rocha.

Formado em farmácia bioquímica pela Universidade Estadual de Maringá, Okumoto tem pós-graduação em gestão de hemocentros e metodologia e técnicas de ensino. Em Mato Grosso do Sul, foi chefe da divisão médica do Centro de Hematologia e Hemoterapia, presidente da Fundação de Serviços de Saúde e presidente do Conselho Regional de Farmácia. No Ministério da Saúde, ele também foi coordenador-geral de Laboratórios de Saúde Pública.

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