Na transição do GDF, Frejat diz ser contra Instituto Hospital de Base
Ex-secretário participou de reunião da equipe de transição, com a presença do governador eleito Ibaneis Rocha (MDB)
atualizado
Compartilhar notícia
O ex-secretário de Saúde Jofran Frejat (PR) disse que ajudará o governo de transição de Ibaneis Rocha (MDB) como uma espécie de curador de experiências que deram certo no Distrito Federal. “Ele [Ibaneis] conversou comigo sobre a questão da coordenação, mas eu optei por servir como ‘memória’. Vou mostrar o que e como fizemos, como criamos os centros de saúde, os hospitais regionais e laboratórios”, comentou, acrescentando ser contra o modelo do Instituto Hospital de Base (IHB).
Na tarde desta segunda-feira (19/11), ocorreu a primeira reunião oficial da equipe no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB). Segundo o coordenador-geral da transição, o vice-governador Paco Britto (Avante), o encontro foi apenas de apresentação da metodologia de trabalho. “A partir daí serão criados subgrupos. Toda sexta-feira será entregue um relatório das discussões para sabermos o que será tratado na semana seguinte”, explicou.
Participaram da reunião 14 pessoas, como o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Adeilson Loureiro Cavalcante, e a superintendente do Instituto de Cardiologia do DF (ICDF), Núbia Welerson Vieira. Ainda não há um coordenador do grupo.
IHBDF
Sobre o Instituto Hospital de Base, Frejat disse que o método não vai prosperar. “Quando você bota estatutário e celetista com cargas horárias e salários diferentes, dá problema. Quando você faz esse tipo de diferenciação, não funciona. Vai ter briga permanente”, afirmou.
Para o ex-secretário de Saúde, a culpa do estado da saúde no DF não é do servidor público. “Ele tem uma capacidade enorme de fazer o trabalho. Como eles foram competentes na nossa época e não são mais? Ficaram bobos? Claro que não. A questão é dar condições para que eles façam um bom trabalho”, argumentou.
Frejat também comentou sobre a divisão da Secretaria de Saúde em duas. “Esse equívoco já se cometeu no passado. Acho que ele [Ibaneis] entendeu que não era uma boa ideia. Não tem problema ter um secretário e colocar quantos adjuntos quiserem. Quando foi colocado o secretário de saúde e o presidente da fundação hospitalar, os dois bateram cabeça”, lembrou.
Para Frejat, as prioridades na área são atenção primária, hospitais em condições de ter atendimentos secundários e terciários e as policlínicas. “As policlínicas são intermediárias entre os centros de saúde e o hospital, onde você coloca profissionais clínicos especializados, tirando pessoas dos hospitais, que não estão conseguindo atendimento.”