Fraga volta a criticar condenação e fala em “jogo sujo” na campanha
Candidato do DEM ao Buriti esteve no Gama neste domingo (30/9), onde prometeu plano de saúde para servidores públicos, hospitais e segurança
atualizado
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A uma semana do primeiro turno, o candidato ao Palácio do Buriti Alberto Fraga (DEM) voltou a criticar o Judiciário. Ele questionou a celeridade com que a Justiça tratou o processo contra ele, no qual foi condenado. As declarações foram dadas neste domingo (30/9) a apoiadores do Setor Sul do Gama.
“Os caras [numa referência a Rodrigo Rollemberg (PSB)] já sabiam da condenação antes mesmo de ela ser publicada. Depois, o Inganeis [Ibaneis Rocha] veio me dizer que nesta semana terei outra condenação. O jogo está muito sujo. Um juiz decide em dois dias um processo parado por falta de provas por 10 anos”, desabafou Fraga. Apesar dos ataques, ele disse confiar na Justiça para absolvê-lo nos recursos.
Fraga foi condenado a 4 anos, 2 meses e 20 dias de prisão em regime semiaberto e com o direito de recorrer em liberdade, por cobrança de propina. O crime é o de concussão: quando funcionário público exige vantagem indevida. O deputado federal pode recorrer da decisão e se mantém na disputa pelo GDF.
Após a condenação, o candidato afirmou, em encontro com apoiadores, que sua condenação de quatro anos de prisão em regime semiaberto ocorreu porque a decisão foi tomada por um juiz “ativista LGBT”.
A declaração motivou nota assinada por entidades representativas da magistratura, entre elas, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). O grupo considerou a manifestação do candidato “intolerável” e na “contramão dos valores democráticos e da sociedade justa e fraterna que o Brasil busca construir”.
Para os próximos dias, Fraga destacou que vai continuar o corpo a corpo com apoiadores e eleitores e com pequenas reuniões. Pediu ainda para a militância não desanimar: “Nunca vi ninguém sair de 2% para mais de 20%. Nem se ele fosse o Roriz eu acreditaria nessa pesquisa, mesmo com o tanto de dinheiro que ele [Ibaneis] está injetando”.
Plano de saúde a servidores
O democrata prometeu dar maior atenção a policiais e familiares, criando um plano de saúde empresarial tanto para os militares quanto para as demais carreiras do serviço público. Eles pagariam apenas o excedente de dependentes em seus contracheques.
O candidato afirmou que a solução para a saúde não é a construção de novos hospitais, mas equipar as unidades básicas e contratar para cada turno especialistas em clínica geral, ginecologia e pediatria. Ainda assim, Fraga anunciou que pretende construir três hospitais no Sol Nascente, Recanto das Emas e São Sebastião. O democrata garantiu acabar com o Instituto Hospital de Base (IHB).
Os recursos para as obras virão do transporte público. O candidato pretende rever o atual sistema de subsídios às passagens, o Passe Livre. Segundo ele, o valor de cerca de R$ 600 milhões pagos às empresas é muito acima do que deveria e o dinheiro seria suficiente para a construção das unidades de saúde, por exemplo.
Na segurança, Fraga afirmou que vai reconvocar dois mil homens da reserva da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Eles farão a segurança das regiões administrativas do DF até que os novos concursados estejam aptos a assumirem essas funções. O mesmo, segundo Alberto Fraga, não poderá ser feito com a Polícia Civil, uma vez que o agente que se afastar de suas funções não poderá reassumir o cargo.