Fraga sobre condenação: “Vou entrar com recurso e continuar campanha”
Durante agenda de campanha no Riacho Fundo II, o democrata acusou o governador e o candidato Ibaneis Rocha de “perseguição política”
atualizado
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Durante caminhada pelo comércio da QN 08, no Riacho Fundo II, na tarde desta terça-feira (25/9), o candidato pelo DEM ao Governo do Distrito Federal (GDF), Alberto Fraga, disse que vai recorrer da condenação por suposto recebimento de propina quando era secretário de Transporte do DF: “Isso não vai me intimidar, porque essa condenação não incorre em inelegibilidade. Portanto, vou continuar com a minha campanha e entrar com recurso”.
A duas semanas das eleições, o deputado licenciado foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) a 4 anos, 2 meses e 20 dias de prisão, em regime semiaberto. Segundo denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o parlamentar teria cobrado R$ 350 mil para assinar um contrato entre o GDF e uma cooperativa de ônibus.
“Acho esquisito a celeridade com a qual a sentença foi imposta. Esse é um processo que corre há quase 10 anos na Justiça e, até ontem [24/9], não haviam chegado a nenhuma conclusão. No mesmo dia em que a sentença saiu, ela foi publicada, caso raríssimo na Justiça”, estranhou o parlamentar.
Fraga ainda acusou o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) de “perseguição política”. Durante debate realizado pelo Metrópoles nessa segunda, o socialista e candidato à reeleição ao Palácio do Buriti teria comentado sobre a condenação do democrata antes mesmo que seus advogados ou de a sentença ser proferida.
“Fui informado que tinha sido condenado em pleno debate. Ou ele [Rollemberg] tinha bola de cristal ou estava muito mal-intencionado. Classifico isso como uma perseguição política do governador, dado o nosso crescimento nas pesquisas”, acusou Fraga, que gravou vídeo para se defender.
Veja:
“Inganês”
Em agenda na manhã desta terça (25/9), o concorrente Ibaneis Rocha (MDB) também comentou a condenação de Fraga e chegou a sugerir ao democrata que se afastasse da eleição. Em resposta, Fraga atacou o emedebista.
“Estou sofrendo uma perseguição política porque as pesquisas me colocam no segundo turno das eleições. Estão com medo de me enfrentar. O senhor ‘Inganês’, na verdade, age como um lobo em pele de cordeiro, e não vai demorar muito para a máscara do seu cinismo cair”, retrucou o postulante ao Buriti.
Fraga ainda publicou nota na qual contesta as acusações de Ibaneis.
Confira:
“Esse candidato milionário que inflacionou as eleições deste ano, aqui no DF, ao despejar mais de R$ 5 milhões para pagar seus cabos eleitorais, não tem moral pra me atacar. Ele responde a um processo grave de improbidade administrativa, numa ação que envolve R$ 25 milhões de dinheiro público dos cofres da Câmara Legislativa do DF, e fica posando de santo por aí, querendo enganar a população.
Entra com recurso atrás de recurso para não ser sequer intimado. Ele corre da Justiça, ao contrário de mim, que a encaro de frente. Esse cidadão, como advogado, desconhece a lei, pois essa decisão contra mim é de primeira instância e não é condenação definitiva.
Vou recorrer e provar a minha inocência. Estou sofrendo uma perseguição política porque as pesquisas me colocam no segundo turno das eleições. Estão com medo de me enfrentar. O senhor Inganês, na verdade, age como um lobo em pele de cordeiro e não vai demorar muito para a máscara do seu cinismo cair.”
Drones na segurança
Para o Riacho Fundo II, Fraga, se eleito, afirmou que vai investir em drones como instrumentos auxiliares no combate à violência e às infrações. “Além de reativar o posto policial aqui da região e reforçar o seu efetivo, determinados locais serão patrulhados pelos dispositivos e, ao perceber algo estranho, será necessário apenas deslocar a viatura até os suspeitos”, explicou o parlamentar.
Outra proposta de seu governo será a construção do viaduto que liga Recanto das Emas ao Riacho Fundo. “Quero que as pessoas consigam tranquilidade ao ir ou voltar de seu trabalho. Essa será uma obra prioritária”, afirmou o postulante ao Buriti.