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Fraga faz comício ao lado de Arruda e diz que não tem medo de processo

A dez dias das eleições, o democrata pediu votos para mais de 150 apoiadores e voltou a falar que é vítima de perseguição política

atualizado

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alberto Fraga
1 de 1 alberto Fraga - Foto: Natália Moura/Metrópoles

Ao lado do ex-governador José Roberto Arruda (PR), o candidato pelo DEM ao Governo do Distrito Federal (GDF), Alberto Fraga, suspendeu sua agenda externa para fazer um comício com apoiadores nesta quarta-feira (26/9). Além de atacar seus adversários e voltar a falar em perseguição política, o buritizável aproveitou a oportunidade para minimizar os efeitos de sua recente condenação por recebimento de propina na disposição dos apoiadores.

“Não tenho medo de processo, mas das injustiças. Sofro uma perseguição. Peço que vocês façam um exame de consciência. O salário de um deputado é R$ 26 mil, multipliquem isso por 4 anos. Como alguém pode se dispor a gastar mais de R$ 15 milhões em uma campanha, se no tempo de mandato não irá ganhar nem R$ 2 milhões? Tem mutreta aí”, apontou o parlamentar, em referência ao concorrente Ibaneis Rocha (MDB). “Esse Ibaneis é o novo Agnelo [Queiroz, ex-governador do DF] e o novo Rodrigo Rollemberg [PSB]”, comparou Fraga.

No evento, que ocorreu no comitê de Fraga, localizado no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), Arruda – que faz campanha para sua esposa Flávia Arruda (postulante a deputada federal pelo PR), engrossou o coro. “Estão querendo passar a rasteira no Fraga e no Izalci [Lucas, postulante ao Senado pelo PSDB]. Eu boto a minha cara à tapa se perdermos esta eleição”, gritou. “Estão tentando, mas não vão nos separar, Arruda”, respondeu o deputado federal.

Assim como Fraga, Arruda também foi condenado, na segunda (24/9), a cumprir  7 anos e 6 meses de prisão em regime fechado no âmbito da Operação Caixa de Pandora.

Fraga foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) a 4 anos, 2 meses e 20 dias de prisão, em regime semiaberto. Segundo denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o deputado licenciado teria cobrado R$ 350 mil para assinar um contrato entre o GDF e uma cooperativa de ônibus.

Pardais
Em discurso, o postulante ao Palácio do Buriti voltou a falar sobre o fim da Agência de Fiscalização (Agefis) e pontuou sobre a retirada dos radares das vias do DF.

Questionado se isso não poderia aumentar o número de imprudências por excesso de velocidade, Fraga discordou: “De forma alguma. Temos relatórios de outros grandes centros que mostraram uma diminuição de acidentes após a remoção dos pardais. Irei tirar 50% dos pardais e substituí-los por barras eletrônicas. Trânsito é educação”, explicou, sem especificar os resultados desses relatórios.

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