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Fraga critica desobstrução da Orla: “O lago está apodrecendo”

Em entrevista, o parlamentar acusou o governo de Rollemberg de estar maltratando o espelho d’água desde o início das derrubadas da Agefis

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alberto fraga
1 de 1 alberto fraga - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Postulante do DEM ao Palácio do Buriti, Alberto Fraga culpou o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) “por deixar o Lago [Paranoá] podre”. Na avaliação do candidato, a falta de controle no acesso ao espelho d’água e a falta de infraestrutura, após a desocupação da Orla, tem prejudicado a qualidade da água. “Há uma frequência desordenada no lago. As pessoas estão fazendo churrasco, jogando papel e ele está adoecendo. Antes você andava em uma lancha e conseguia ver que era bonito. Quando [o governo] cercou, foi com base em uma lei distrital”, disse.

A fala do buritizável ocorreu nesta sexta-feita (14/9), em entrevista realizada pelo telejornal DFTV1 e, depois, pelo portal G1DF. Morador de uma casa “ponta de picolé” no Lago Norte, o parlamentar foi perguntado se não estaria legislando em causa própria ao defender a recolocação de cercas derrubadas pela Agência de Fiscalização (Agefis) desde 2015. O órgão do GDF cumpriu uma decisão judicial que determina a retirada das grades na região.

“Claro que não. Se quiser manter o que diz o Código Florestal, ótimo. Mas o governador, de forma equivocada, derrubou cercas e construções dizendo que era área de 30 metros. Isso é jogar o rico contra o pobre. Um ‘socialismozinho’ barato que não leva a lugar nenhum”, disse.

Ainda sobre o assunto, Fraga chegou a questionar se não haveria uma “ponta de inveja” de quem mora à beira do Lago Paranoá, por parte do juiz que autorizou a desocupação da Orla e do atual governador Rodrigo Rollemberg (PSB).

Segurança Pública
Durante a entrevista, o deputado licenciado comentou o episódio em que espalhou uma fake news sobre a ex-vereadora Marielle Franco (Psol), assassinada em março deste ano. “Reconheci publicamente que cometi um equívoco sobre Marielle. Vou criar uma segurança pública em que, pelo menos, seu filho vá para escola e volte em segurança. Que o bandido cumpra a pena na cadeia, trabalhando”, reforçou.

Uber x táxis
Apesar de se comprometer com a implementação do BRT nos cinco eixos do DF, Fraga não soube, durante a entrevista, dizer o custo do projeto para os cofres da capital. “Não tem como falar um valor agora. Esse dinheiro terá de vir de empréstimos internacionais. Precisamos ter o projeto executivo, para levantar os custos e buscar esse créditos”, explicou.

O aspirante ao GDF também falou à respeito dos aplicativos de mobilidade. “Em um encontro com taxistas, eu disse a eles que o Uber hoje é uma realidade e que não temos como tirá-los. O que irei fazer é regulamentar e disciplinar a categoria. Não há uma fiscalização. Ex-condenados, pessoas que ainda estão em condicional são motoristas nesses aplicativos”, afirmou.

Ao ouvir do repórter que tais aplicativos são inspecionados pela Secretarias de Mobilidade, Fraga ficou surpreso. “Mesmo? Então estou vivendo em outro estado”, respondeu.

Logo no começo do primeiro bloco da entrevista para o portal G1DF, Fraga eliminou a possibilidade de trabalhar no governo dos concorrentes Eliana Pedrosa (Pros) e Rogério Rosso (PSD). “Minha vida pública se encerra se eu não for eleito. Digo isso como deputado distrital. É muito improvável que eu participe do governo de Eliana ou de Rosso”, disse. Entretanto, não dispensaria trabalhar para o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). “Se ele for presidente do Brasil, talvez eu possa ajudá-lo”, completou.

Eliana teria dito, na quinta-feira (13/9), também em entrevista ao G1, que não descartaria convidar os adversários (Fraga e Rosso) para compor um eventual secretariado.

Problemas com a Justiça
No início do encontro no DF1, Fraga teve de se virar para responder a uma série de perguntas à respeito de seu envolvimento em casos de corrupção. Questionado sobre o suposto pagamento de propina na assinatura de contratos com empresas de micro-ônibus, enquanto Secretário de Transporte do governo de José Roberto Arruda, o candidato afirma ser o único inocente entre os outros cinco já condenados.

“Eu posso garantir que sim [é o único inocente]. Não posso assumir a responsabilidade de pessoas que que usaram nomes tanto do governo quanto do secretário para buscar interesses próprios. (…) Se eu tivesse que me envolver com qualquer tipo de corrupção, seria mais fácil lidar com os empresários de ônibus. É uma acusação muito frágil”, se defendeu.

Na ocasião, Fraga também atacou a presidente da Agência de Fiscalização (Agefis) Bruna Pinheiro. “Ela [Bruna] terá que responder por todos os crimes que praticou. Todo mundo sabe que a Agefis fez derrubadas seletivas. Esses eventuais crimes nós vamos mandar investigar”, disse o candidato após ter afirmado que, se eleito, seria melhor a servidora se mudar de Brasília. “

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