metropoles.com

Entidades entram na Justiça para obrigar CLDF a votar fim de regalias

Projeto acaba com verba indenizatória, reduz gastos nos gabinetes e restringe publicidade, com economia estimada em R$ 75 milhões anuais

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Feliciano/Metrópoles
plenário da CLDF e galeria
1 de 1 plenário da CLDF e galeria - Foto: Rafaela Feliciano/Metrópoles

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) foi acionado, nesta segunda-feira (25/2), para obrigar a Câmara Legislativa (CLDF) a colocar em votação um projeto de lei (PL) de iniciativa popular que, na prática, reduz os gastos dos parlamentares e promove economia aos cofres públicos.

O Projeto de Lei n° 2.151/2018, conhecido como Câmara+Barata, foi apresentado em outubro e deveria ter entrado na pauta do plenário em 1º de dezembro do ano passado. No entanto, até hoje segue parado na Casa.

A proposta extingue a verba indenizatória, reduz a verba de gabinete e limita os gastos com publicidade institucional na CLDF. Caso passe a valer, a iniciativa será responsável por uma economia estimada em R$ 75 milhões por ano.

Ao todo, segundo os organizadores do movimento, foram reunidas 22.424 assinaturas, das quais 20.240 foram físicas e 2.184 digitais, coletadas pelo aplicativo Mudamos+, para que o projeto de lei fosse apresentado ao parlamento local.

“A população tem direito a um posicionamento da Câmara Legislativa. O projeto foi protocolado há quatro meses e não houve nenhuma decisão a respeito dele, nem votação em plenário, o que contraria o próprio regimento da Casa”, reclama Guilherme Brandão, coordenador-geral do Câmara+Barata.

Segundo o Regimento Interno da CLDF, projetos de iniciativa popular tramitam em regime de urgência, com prazo máximo para deliberação de 45 dias. Vencido o prazo, a matéria deve ser pautada na ordem do dia, recebendo os pareceres das comissões oralmente, caso ainda não existam.

O mandado de segurança foi protocolado nesta segunda-feira (25) pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS Rio), o Observatório Social de Brasília e o Instituto de Fiscalização e Controle (IFC) – entidades voltadas para a defesa da transparência das contas públicas.

O ITS Rio é responsável pelo aplicativo Mudamos+, a ferramenta virtual pela qual foram coletadas assinaturas para o projeto de lei. O app possui certificados de segurança, foi premiado pelo Google e também recebeu apoio do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que liderou a campanha pela Lei da Ficha Limpa.

O que diz a CLDF
Apesar de as entidades falarem que, das 22.424 assinaturas recolhidas, há mais de 20 mil físicas, o presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente (MDB), contesta os números. Segundo ele, o projeto ainda não tem a quantidade de firmas necessária. Por isso, não pode tramitar.

Precisamos que o projeto tenha 20 mil assinaturas – as coletadas pelo aplicativo não são reconhecidas. A proposta aqui tem 18 mil, sendo 2 mil assinaturas virtuais. Enquanto não tiver essas 2 mil que faltam, não tem como tramitar nem nas comissões

Rafael Prudente, presidente da CLDF

De acordo com a legislação, um projeto de lei de iniciativa popular precisa da assinatura de 1% do eleitorado, o que correspondia, em outubro passado, a 20.843 eleitores.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?