Em representação, Ibaneis questiona recursos não declarados de rivais
Até quinta (23), apenas o candidato do MDB ao Buriti e Alexandre Guerra tinham prestado informações financeiras da campanha ao TRE
atualizado
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O candidato do MDB ao Governo do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, ingressou nesta sexta-feira (24/8) com representação no Ministério Público Eleitoral (MPE) contra os adversários Rodrigo Rollemberg (PSB), Alberto Fraga (DEM), Eliana Pedrosa (Pros), Júlio Miragaya (PT) e Rogério Rosso (PSD). O emedebista desconfia de que haja utilização de recursos não declarados nas campanhas dos concorrentes. O documento é endereçado ao procurador-regional eleitoral, José Jairo Gomes.
“Embora já estejam demonstrando a saída de gastos eleitorais, com materiais e produções bastante profissionais, até o momento, não declararam à Justiça Eleitoral nenhuma entrada de recursos financeiros”, destaca trecho da representação.
Rocha utilizou reportagem do Metrópoles para argumentar o pedido. O texto revela que apenas o próprio Ibaneis e o postulante do Partido Novo ao Palácio do Buriti, Alexandre Guerra, declararam os recursos à Justiça Eleitoral até essa quinta-feira (23).
A prestação de contas é um dever de todos os candidatos, com vices e suplentes, e dos diretórios partidários nacionais e estaduais, em conjunto com seus respectivos comitês financeiros, se constituídos.
Essa é uma medida que, segundo a Justiça, garante a transparência e a legitimidade da atuação partidária no processo eleitoral. O prazo final para concluir as apresentações é no dia 6 de novembro.
Candidato mais rico entre os buritizáveis, Ibaneis declarou bens que somam R$ 94.100.602,57. Para a campanha, o emedebista apresentou total de recursos recebidos de R$ 1,2 milhão. O doador único é ele mesmo. O advogado faz parte da coligação Pra Fazer a Diferença, formada por MDB, PP, Avante, PSL e PPL.
Em chapa pura, Alexandre Guerra também prestou contas ao TRE-DF. Até o momento, gastou R$ 15 mil com impulsionamento de conteúdo no Facebook. O empresário tem um total de R$ 50 mil em recursos recebidos, nada do Fundo Partidário, pois o Novo adotou posicionamento de não usar esse dinheiro. Parte do montante, R$ 30 mil, vem de doações de pessoas físicas; a outra, R$ 20 mil, de recursos próprios.
De acordo com o advogado de Ibaneis, Bruno Rangel, especialista em direito eleitoral, a peça encaminhada ao Ministério Público Eleitoral servirá para alertar sobre a ausência das informações dos demais concorrentes.
“O objetivo é dar conhecimento ao MP para verificar se há recursos não declarados. A campanha dos candidatos está nas ruas, com alto grau de profissionalismo, mas, até o momento, não havia informações sobre doações. Ou seja, tem saído, mas não tem entrado”, disse Rangel.