Em interrogatório da Pandora, Arruda e Paulo Octávio se calam
Por recomendação da defesa, os dois decidiram que falarão sobre os crimes que respondem por esquema de pagamento de propina apenas em um momento e não em todos os processos que correm na 7ª Vara Criminal. Assim como eles, os outros três réus nada falaram
atualizado
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A Justiça tentou interrogar, na tarde desta sexta-feira (23/9), cinco réus do processo da Caixa de Pandora que julga os acusados pelo crime de corrupção. Respondem à ação o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, o ex-vice-governador do DF Paulo Octávio, o ex-chefe da Casa Civil José Geraldo Maciel, o ex-executivo do grupo PaulOOctavio Marcelo Carvalho e o empresário José Celso Gontijo.
Acompanhados dos advogados, os réus chegaram à 7ª Vara Criminal de Brasília por volta das 14h. Arruda foi o primeiro a se sentar em frente ao juiz Paulo Carmona e aos promotores. Disse que, por recomendação dos advogados, ficaria em silêncio neste momento. Ele responde a 10 ações da Pandora e só pretende esclarecer os questionamentos do juiz em um único momento.Segundo a entrar na sala, Paulo Octávio seguiu o mesmo comportamento. Disse que, apesar de ter enfrentado problemas com a divulgação da maior crise política do Distrito Federal, permaneceria em silêncio. Os dois prometeram falar no dia 21 de novembro, data marcada para a última audiência das ações criminais.
Assim como os dois, os outros três réus permaneceram calados. Com isso, a audiência durou menos de uma hora. Segundo os advogados, os clientes vão esclarecer todos os pontos questionados nas acusações, mas pretendem falar apenas uma vez.
Segundo os promotores do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o silêncio dos réus em nada atrapalha o andamento do processo.