Eleições no DF: 7.719 urnas e 33 mil pessoas envolvidas
Magistrados apresentaram dados sobre o trabalho de fiscalização do TRE-DF e segurança dos equipamentos eleitorais para o pleito deste ano
atualizado
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Visando dar transparência às eleições de 2018 e orientar a cobertura do pleito no Distrito Federal, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) promoveu, nesta terça-feira (11/9), o “Encontro com a Imprensa”. Entre os pontos abordados no evento estão as propagandas irregulares, a segurança nas urnas e as doações de campanha.
“Temos na imprensa um grande parceiro para que essas eleições sejam realizadas de forma transparente e justa”, disse a presidente do TRE-DF, desembargadora Carmelita Brasil, na abertura do encontro.
De acordo com os dados apresentados pela corte local, o DF contará com 7.719 urnas, somadas as reservas, sendo disponível uma por seção eleitoral. Elas serão manuseadas por 33 mil pessoas envolvidas no processo, entre servidores, voluntários e convocados a trabalharem no pleito.
A fiscalização dos equipamentos será feita por juízes eleitorais em duas oportunidades: na primeira, três urnas serão sorteadas e retiradas das seções. Elas serão levadas à sede do TRE-DF e certificadas. Na segunda etapa ocorrerá a um novo sorteio de três unidades. Os servidores farão uma votação paralela em cédulas de papel para comparar com o resultado desses aparelhos eletrônicos.
“É um verdadeiro milagre a realização das eleições, principalmente por conta dos servidores. Eles são treinados para realizar esse grande evento”, declarou Carmelita Brasil.
Justificativa
Neste ano, o TRE-DF permitirá a justificativa do voto nas zonas eleitorais em situações específicas. Segundo o coordenador de planejamento do tribunal, Marcello Souto, pessoas com deficiência, mobilidade reduzida ou com mais de 60 anos e as gestantes poderão justificar em qualquer seção eleitoral. “Mas eles têm o prazo de até 60 dias após o pleito”, explicou.
Quem está cadastrado para o “voto em trânsito” poderá justificar no Centro Universitário Iesb.
Para os outros casos haverá centros de recepção no Estádio Nacional Mané Garrincha e no Aeroporto Internacional de Brasília. “No DF, optamos por mesas de justificativa em locais específicos e colocamos algumas exceções”, explicou Souto.
O TRE-DF lembrou, também, que a ordem de votação mudou. Primeiro, na urna, o eleitor deverá escolher o deputado federal e depois o distrital. Em seguida, será a vez dos dois candidatos ao Senado e do governador, finalizando com o presidente.
Inteligência
A segurança das urnas eletrônicas são feitas por duas mídias, uma espécie de pen-drive e um flash card — que contêm os mesmos dados para o caso de falha em um deles. De acordo com o secretário de Tecnologia e Informática do TRE-DF, Ricardo Negrão, não há como violar os equipamentos. Ele diz que as pessoas envolvidas no processo, desde o recebimento dos votos até a transmissão dos resultados, não se conhecem.
De acordo com Negrão, os dados são criptografados e possuem assinatura digital. Se houver alguma mudança, a mídia deixa de funcionar. Serão mais de 500 pontos de transmissão, em escolas, com uso de canal de rede exclusivo do tribunal.
“Um hacker poderia invadir o sistema, mas ele levaria uns 20 anos, já que a nossa transmissão é muito rápida”, disse o secretário. Segundo Negrão, os equipamentos não são ligados a nenhuma rede wi-fi. “Ele precisaria abrir a urna com chave de fenda e ainda passar pelo mesário e o presidente da seção.”
Fake news
Por fim, o juiz eleitoral da Comissão de Fiscalização do TRE-DF Pedro Yung-Tay defendeu a fiscalização tanto das campanhas quanto das informações vinculadas. “Precisamos da imprensa para divulgar a notícia, que nem sempre é tão boa, mas que dá credibilidade para o nosso trabalho”, concluiu.