Donizet chama administradora de “m…”. Ela o acusa de falta de decoro
O distrital também disse que Juliana Navarro é “débil mental”. Os dois brigam por espaço político na cidade do Gama
atualizado
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O clima entre o deputado Daniel Donizet (PSDB) e a administradora do Gama, Juliana Navarro, não está nada bom. Nessa terça-feira (23/04/2019), em plenário, o distrital acusou a gestora de ameaçá-lo e a ofendeu, chamando-a de “débil mental” e de “merda”.
“Eu sou do Gama e ela também. Desde janeiro, ela criou essa mania de perseguição. Ela age como se fosse a própria governadora”, disse. Segundo Donizet, ele possui nove indicados trabalhando na administração do Gama, e eles estariam isolados. “Desde que fui eleito, ela começou a me mandar mensagens desaforadas. O problema é tentar atrapalhar meu trabalho”, reclamou.
Procurada pelo Metrópoles, Juliana Navarro se mostrou estarrecida com a atitude do distrital e afirmou que estuda entrar com ação contra ele por quebra de decoro parlamentar. “Ele deveria rever sua postura. Por mais que eu tivesse tido desentendimento político, jamais um parlamentar deve ir a tribuna para usar palavras de baixo calão para ofender uma mulher”, rebateu.
De acordo com a administradora, são os assessores de Donizet que compartilham ofensas contra ela em redes sociais. “Ele queria a administração do Gama. Teve pouco mais de 470 votos na cidade e botou na cabeça que representa a população”, provocou.
O tucano, eleito no ano passado pelo PRP, mora na cidade e pleiteou ao governador, Ibaneis Rocha (MDB), a indicação do comando da administração regional na época da transição. Juliana Navarro, contudo, foi nomeada pelo próprio emedebista.
Repúdio
Em nota de repúdio divulgada nesta quarta (24/04/2019), Ericka Filippelli (MDB), secretária da Mulher do DF, condenou a manifestação de Donizet contra Juliana Navarro.
“Ao chamar a gestora pública de ‘débil mental’ e ordenar ‘engula as palavras’, o deputado Daniel Donizeti reproduziu um padrão de comportamento autoritário e machista. Diante de tantas violências contra as mulheres que acompanhamos no Distrito Federal, não podemos naturalizar esse comportamento vindo de um representante do povo, que deve servir de exemplo para a população”, destacou.