Dividido, PDT se reúne em busca de unidade para eleições no DF
Partido trabalha com quatro opções, todas sem consenso entre a militância e a cúpula da Executiva local
atualizado
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Depois de idas e vindas, prorrogações de prazos e adiamentos, o PDT-DF deve definir seu futuro nas eleições de 2018, nesta sexta-feira (3/8), às 18h, sob divisão acentuada de seus membros. A cúpula do partido trabalha com quatro possibilidades para formar alianças.
A primeira opção é sair com candidatura própria, tendo o nome do ex-deputado distrital Peniel Pacheco ao Palácio do Buriti. A segunda, apoiar a chapa encabeçada por Eliana Pedrosa (Pros), que tem Alírio Neto (PTB) como vice.
Outra alternativa – vista como mais difícil – seria entrar no projeto de reeleição do governador Rodrigo Rollemberg (PSB). Por último, uma composição com o deputado federal Rogério Rosso (PSD), que disputará o Buriti, em chapa com Cristovam Buarque (PPS), o qual tentará permanecer no Senado.
A reunião desta sexta-feira (3) servirá para definir como a pauta será instruída na convenção regional de sábado (4).
Defendido por pedetistas contrários às alianças discutidas até agora, Peniel Pacheco ainda é a primeira opção dos militantes, mas não da maioria da cúpula do partido. Como não é unanimidade, o ex-distrital enfrenta resistência de parte dos candidatos proporcionais, que esperavam usar os recursos do Fundo Partidário em suas campanhas e contar com uma “ajudinha” vinda da parcela majoritária.
“Não adianta a gente se vender a qualquer preço para outras coligações a fim de eleger nossos candidatos e depois ter que se explicar aos eleitores. É melhor termos poucos recursos, mas entrarmos e sairmos limpos da eleição”, defendeu um membro da Executiva partidária.
A referência é uma alusão à preferência momentânea do PDT-DF por uma aliança com a candidata do Pros ao Governo do Distrito Federal (GDF), Eliana Pedrosa. Uma combinação com a ex-deputada poderia garantir espaço para o presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle (PDT), concorrer ao Senado Federal. Uma opção seria convencer Cristovam Buarque a entrar nessa composição.
O senador e candidato à reeleição ao Senado quer reviver os velhos tempos de amizade com o PDT local. Ele ofereceu ao partido a vice de Rosso ou uma das vagas a senador. A sinalização não tem apoio entre os militantes, mas o gesto contrário, sim. A vinda do PPS para uma aliança encabeçada pelo PDT poderia reforçar a chapa.
Perdas
A demora do PDT-DF em se definir lhe causou perdas importantes. O PCdoB, por exemplo, está a um passo de declarar apoio a Rodrigo Rollemberg. A sigla é uma das que aguardavam os pedetistas saírem de cima do muro, mas perdeu a paciência.
Outro que vai pelo mesmo caminho é o PPL, do presidenciável João Goulart Filho. O líder da legenda chegou a ir a São Paulo nesta semana, após o PDT adiar a resposta sobre a candidatura de Peniel Pacheco.