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Distrital vai à Justiça contra compra de carros para Mesa da CLDF

Edital prevê gastos de R$ 449 mil com a aquisição de cinco automóveis de luxo

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
CLDF – fachada
1 de 1 CLDF – fachada - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A deputada distrital Júlia Lucy (Novo) anunciou, nesta terça-feira (11/06/2019), que entrou com ação no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) contra a compra de cinco novos carros para a Mesa Diretora da Câmara Legislativa. Também foi feita uma “carta-manifesto”, com a assinatura de parlamentares contrários à aquisição.

O valor estimado para a compra é de R$ 449 mil. Os automóveis deverão ser modelo sedan, cor preta, quatro portas, 140cv e 16 válvulas. Os carros precisam ter ar-condicionado digital, airbags, rodas de liga leve aro 17 e sensor de estacionamento, entre outros itens exigidos no edital. Vence quem apresentar o menor preço.

“É um momento de economizar e a Câmara Legislativa tem a verba indenizatória para isso. Quem vai fiscalizar se os carros estão realmente sendo usados apenas no exercício de membro da Mesa? E se estiver sendo usado na atividade exclusivamente parlamentar?”, disse Júlia Lucy. “Eu questionei a Segunda Secretaria se realmente a economia seria maior com a compra dos carros e eles não me responderam. Entrei com o pedido para evitar que isso aconteça”,

Assinaram a carta-manifesto, além da distrital, os deputados Agaciel Maia (PR), Chico Vigilante (PSDB), Cláudio Abrantes (PDT), Eduardo Pedrosa (PTC), Fábio Félix (PSol), Kelly Bolsonaro (Patriotas), Leandro Grass (Rede) e Arlete Sampaio (PT).

Em 29 de maio, a Casa divulgou a empresa que venceu o certame: Nara Veículos. Em 2009, na gestão de José Roberto Arruda (PR), o dono da companhia, Marcos Cardoso, e seis oficiais da cúpula da Polícia Militar – entre eles o ex-comandante-geral Antônio José de Oliveira Cerqueira – foram denunciados pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) pelo crime de peculato.

De acordo com a investigação, os danos aos cofres públicos teriam sido de R$ 919 mil. Segundo a denúncia, a PM enviava carros na garantia para conserto e revisão na Nara Veículos e a concessionária emitia notas fiscais falsas. Em 2017, os militares foram absolvidos pelo Conselho de Justiça Militar do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). O caso foi arquivado um ano depois.

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