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Distritais se desentendem sobre compra de carros e verbas para viagens

Anúncios sobre concessões de passagens e diárias para distritais e a aquisição de veículos oficiais geraram discussão nesta terça-feira (12)

atualizado

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Isis Dantas/ CLDF
Robério Negreiros e Leandro Grass
1 de 1 Robério Negreiros e Leandro Grass - Foto: Isis Dantas/ CLDF

Enquanto alguns deputados pediam a redução dos gastos na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), na sessão desta terça-feira (12/3), o vice-presidente, Rodrigo Delmasso (PRB), e o segundo-secretário, Robério Negreiros (PSD) defenderam o aumento de despesas da Casa. O primeiro quer a volta das concessões de passagens e diárias para os distritais, enquanto o pessedista lançou um edital para a compra de cinco carros oficiais por R$ 449,5 mil.

No plenário da Casa, Leandro Grass (Rede) afirmou que a Câmara não está indo ao encontro dos pedidos da sociedade ao criar novos gastos. Por sua vez, Júlia Lucy (Novo) foi mais dura e criticou o arquivamento do projeto Câmara Mais Barata, que previa a diminuição de despesas. Os discursos não foram bem recebidos por outros distritais, entre eles o próprio Robério, que rebateu os colegas.

“O deputado Leandro Grass defendeu a redução dos gastos. A deputada Júlia Lucy foi mais ferrenha. Sei que a senhora veio de um partido novo, com novas ideias, mas não pode chegar matando a política. A democracia tem custos e precisamos dela”, contra-atacou Robério. “Quem entrou aqui disse que a Câmara é analógica, mas queria perguntar, quem será contra um painel eletrônico aqui? Querem uma Casa mais tecnológica, mas isso tem custos”, completou.

A defesa dos novos gastos também foi feita pelo deputado Iolando Almeida (PSC), primeiro-secretário da CLDF. Por ser membro da Mesa Diretora, ele tem direito a um veículo oficial. Segundo o distrital, há alguns dias, ficou “no prego” depois que a correia do Fusion cedido a ele se rompeu.

A discussão não terminou por aí. Grass retornou ao parlatório para defender outras formas de se fazer investimentos. “A prova que esse modelo da compra de frota é ruim é que, com o tempo, ela tem seu desgaste. Hoje, existem outras formas de uso de carros. Espero que possamos analisar melhor e nos inspirar”, disse. Robério não se deu por vencido e foi à mesa do colega para discutir as medidas.

De acordo com o segundo-secretário, atualmente, cada um dos veículos tem valor de mercado entre R$ 27 mil e R$ 30 mil. Por ano, o gasto com manutenção giraria em R$ 250 mil, o que ultrapassaria o valor legal disponível para esse fim.

Projeto
Após a reclamação da deputada Júlia Lucy sobre o fim da tramitação do projeto Câmara Mais Barata, o presidente da Casa, Rafael Prudente (MDB), voltou a defender o arquivamento. “Nós esperamos por cinco meses para que a organização apresentasse as assinaturas, mas eles preferiram judicializar. Então, não restou outra alternativa”, disse o emedebista.

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