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Distritais investigados na Drácon criticam MP após denúncia à Justiça

Deputados foram acusados de corrupção passiva e são suspeitos de negociar emendas parlamentares em troca de propina

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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Denunciados por corrupção passiva pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) nesta segunda-feira (21/11), os deputados distritais alvos da Operação Drácon dizem que o resultado da investigação dos promotores é frágil e não tem fundamentação. Afirmam também que provarão a inocência na Justiça.

Os cinco denunciados são: a presidente afastada da Câmara Legislativa Celina Leão (PPS), Cristiano Araújo (PSD), Julio Cesar (PRB), Raimundo Ribeiro (PPS) e Bispo Renato Andrade (PR). O MP também pediu à Justiça que eles sejam afastados de seus mandatos até o fim das investigações.

Por meio de nota, Cristiano Araújo disse acreditar na Justiça “em razão da fragilidade e incongruências apresentadas na fase de investigação”. Ele ainda diz que, caso o Judiciário acate a denúncia, “será aberta a oportunidade para a defesa (…) de forma ampla e irrestrita e que sua inocência será completamente comprovada”.

Julio Cesar também apontou “fragilidade” nas denúncias apresentadas pelo MPDFT e disse que o órgão “ignorou o fato de que a investigação, cada vez mais, demonstrava a fragilidade e o absurdo das acusações feitas pela colega Liliane Roriz (PTB)”.

O advogado de defesa do deputado Bispo Renato, Ticiano Figueiredo, afirmou que o pedido cautelar de afastamento é descabido. “O TJDFT já entendeu pelo retorno dos deputados à Mesa. Essa decisão só pode ser para constranger o Poder Judiciário. Não tem qualquer prova no sentido de que o deputado teria recebido vantagem indevida”, afirmou.

A assessoria de imprensa do deputado Raimundo Ribeiro afirmou que, até o momento, os advogados do parlamentar não tiveram acesso ao teor da denúncia. Mesmo assim, ressaltou que “não existe nenhum elemento, por menor que seja, que indique a participação do deputado em qualquer irregularidade ou ato ilícito”.

Celina Leão disse que não se manifestará por não ter tido acesso à denúncia. Diferentemente dos demais membros da Mesa Diretora, ela foi a única a não retornar ao comando da Casa, após a decisão do Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).

A reportagem do Metrópoles tentou contato com o ex-secretário-geral da Câmara Valério Neves, com o ex-secretário-executivo da Terceira Secretaria Alexandre Cerqueira e com o ex-diretor do Fundo de Saúde do DF Ricardo Cardoso, mas eles não atenderam aos celulares.

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