Distritais de diferentes crenças criam Frente da Diversidade Religiosa
Grupo é formado por católicos, evangélicos e cristãos humanistas, mas pastores ainda não foram convidados
atualizado
Compartilhar notícia
Oito deputados distritais assinaram um requerimento para criação da Frente Parlamentar de Defesa à Diversidade Religiosa e ao Estado Laico. Entre eles há católicos, evangélicos, cristãos humanistas e até quem não declare crença alguma. No entanto, os líderes religiosos com mandato na Câmara Legislativa ficaram de fora da iniciativa. O projeto deverá ser lido até a próxima terça-feira (23/04/19). Até lá, pode contar com novas adesões.
Segundo os distritais, o propósito da frente é defender a liberdade religiosa e combater a intolerância, que nos últimos tempos provocou ataques a templos e terreiros. Ao mesmo tempo, os integrantes querem diminuir a interferência de igrejas na política. Assinaram o requerimento, até o momento, Júlia Lucy (Novo), Arlete Sampaio (PT), Chico Vigilante (PT), Reginaldo Veras (PDT), Leandro Grass (Rede), Jorge Vianna (Podemos), Fábio Felix (PSol) e Telma Rufino (Pros).
Para Felix, tem havido a tentativa de criminalização de alguns credos, principalmente os de matrizes africanas. “Também é grave o desrespeito ao Estado laico por parte de autoridades públicas, que misturam crença e política, em grave desrespeito à Constituição Federal. Precisamos fortalecer o debate em torno desses temas e garantir a preservação de direitos”, defende o presidente da Comissão dos Direitos Humanos (CDH).
A Câmara Legislativa possui outra frente com caráter religioso: a Frente Parlamentar Evangélica. Ela foi proposta na legislatura passada e é liderada pelos distritais Martins Machado e Rodrigo Delmasso (ambos do PRB). Os dois são pastores das igrejas Universal do Reino de Deus e Sara Nossa Terra, respectivamente.
Delmasso disse que ainda não foi procurado para compor o novo grupo, mas avaliará com Martins se apoiarão ou não a iniciativa. Fábio Felix, por sua vez, garantiu que convidará os dois. Segundo ele, o motivo de ainda não ter recolhido a assinatura dos pastores é que já havia conseguido rapidamente as sete assinaturas necessárias para validar o requerimento.