Depois de manifestação, Esplanada vira cenário pós-guerra
Segundo balanço da Secretaria de Segurança, 27 placas de sinalização foram destruídas e seis pessoas acabaram detidas, mas foram liberadas
atualizado
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A Esplanada dos Ministérios amanheceu como um cenário pós-guerra, com marcas de vandalismo por todos os lados nesta quarta-feira (30/11). De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Paz Social, 12 prédios foram alvos dos manifestantes, 27 placas de sinalização acabaram arrancadas e amassadas, cinco paradas de ônibus quebradas, diversos cones e cavaletes queimados, um controlador de velocidade danificado e dois veículos incendiados.
Fora da Esplanada, o vandalismo continuou. Foram quebradas vidraças de uma agência do BRB no Setor Bancário Sul. Seis pessoas acabaram detidas por injúria, desacato, resistência e dano ao patrimônio. Elas chegaram a ser encaminhadas às delegacias da Polícia Civil, mas foram liberadas depois de assinar Termos Circunstanciados.
Em meio à confusão na tarde desta terça (29), 20 pessoas tiveram de ser encaminhadas aos hospitais próximos da Esplanada dos Ministérios. Destas, dois são policiais militares. Um deles foi esfaqueado nas costas e outro acabou ferido na cabeça. Mil PMs fizeram a segurança no local durante a manifestação.
O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) esteve na Esplanada na manhã desta quarta. Ele condenou os atos de vandalismo e disse que o governo trabalha para identificar os responsáveis e puni-los. “É lamentável, inadmissível”, destacou.
Durante os protestos, a portaria do Ministério da Educação (MEC) ficou totalmente destruída. Nesta manhã, os servidores só conseguiram acessar o prédio, pelo anexo. A entrada principal está completamente isolada. O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) faz a limpeza da área.
Tudo começou por volta das 18h, quando os manifestantes contrários à PEC picharam o Museu Nacional da República e o MEC. Após confronto com a polícia, danificaram e atearam fogo em banheiros químicos na via S1. Depois, quebraram pardais — usados para multar motoristas — e depredaram diversos prédios e placas de sinalização na região.
Na tentativa de dispersar os manifestantes, policiais militares dispararam bombas de efeito moral. Um grupo revidou, atirando paus, pedras e coquetéis molotov contra a tropa de choque da PM.