Delegado e deputado Fernando Fernandes será administrador de Ceilândia
Com a ida do distrital para o cargo, Telma Rufino (Pros), suplente, reassume uma das 24 cadeiras da Câmara Legislativa
atualizado
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Deputado distrital eleito com 29.420 votos, o delegado da Polícia Civil Fernando Fernandes (Pros) será o novo administrador de Ceilândia, maior região administrativa do Distrito Federal, com 489.351 habitantes. O parlamentar aceitou o convite do governador Ibaneis Rocha (MDB) nessa quarta-feira (2/1). O chefe do Executivo local confirmou a informação ao Metrópoles na manhã desta quinta (3).
Com a ida de Fernando Fernandes para a administração, a ex-deputada Telma Rufino (Pros) volta para a Câmara Legislativa como suplente. Ela foi a nomeada para o gabinete da liderança do Pros com salário bruto de R$ 15.148,75.
Telma Rufino chegou a ser diplomada, em cerimônia no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Horas depois, no entanto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatou o registro partidário de Jaqueline Silva (PTB). Com menos votos, Telma perdeu a vaga para a novata.
Segundo mais votado
Delegado da Polícia Civil há 25 anos, Fernando Fernandes foi o segundo deputado distrital mais votado no DF. Tendo como reduto eleitoral o setor Sol Nascente, em Ceilândia, Fernandes fez fama combatendo a criminalidade quando chefiou a 19ª Delegacia de Polícia (P Norte). Acabou ganhando a confiança da comunidade e deslanchou na vida política.
Outro ponto que alavancou a popularidade de Fernandes foi o fato de ele ter sido conselheiro tutelar em 2013. O distrital ingressou nos quadros da PCDF como escrivão e depois passou em concurso público para a carreira de delegado.
Na corporação, ele atuou no Posto Policial do Touring, 26ª DP (Riacho Fundo), Delegacia da Criança e do Adolescente II (DCA II), 30ª DP (São Sebastião) e todas as delegacias de Taguatinga e Ceilândia.
Protagonismo
O protagonismo das administrações regionais (ARs) foi uma das principais promessas de campanha do governador Ibaneis Rocha. Ele tem como meta ampliar o número de órgãos existentes. Depois de planejamento junto à equipe de transição, ficou decidido que o DF terá 34 sedes nas regiões: três a mais que as 31 existentes.
Serão criadas as administrações do Sol Nascente e Pôr do Sol, de Arniqueiras e do Arapoanga. Estuda-se, ainda, um órgão específico para o Itapoã, mas essa possibilidade será firmada ao longo do governo. A necessidade de estabelecer instituições específicas nesses lugares ocorre, segundo a equipe de Ibaneis, devido ao papel a ser desempenhado. A intenção é ter ARs com autonomia, voltadas para a realidade das cidades.
Nomes confirmados
O primeiro nome confirmado foi o do advogado Rubens Santoro Neto, novo administrador do Lago Sul. Em 31 de dezembro, o governador confirmou mais cinco nomes para as administrações da Candangolândia, do Núcleo Bandeirante, de Santa Maria, do Guará e do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA).
O agente aposentado da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) José Luiz Gonzalez será o responsável pela Candangolândia. O sargento da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Adalberto Carvalho assumirá o cargo de administrador do Núcleo Bandeirante.
Os nomes de Gonzalez e Carvalho foram endossados por Hermeto (PHS), deputado distrital eleito com votação expressiva tanto no Núcleo Bandeirante quanto na Candangolândia.
O chefe da Administração Regional de Santa Maria será Miro Gomes. Candidata derrotada à Câmara Legislativa (CLDF) pelo PP, a missionária Vânia Gurgel ficará no comando da Administração Regional do Guará. A engenheira agrônoma Luana Machado estará à frente da Administração Regional do SIA. O órgão absorverá a unidade do Setor Complementar de Indústria e Abastecimento (Scia), segundo a equipe de transição.