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Debate Metrópoles dá a largada para corrida eleitoral ao Governo do DF

Sete postulantes ao cargo debateram propostas para o futuro da cidade em áreas importantes, como saúde, segurança e educação

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
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1 de 1 Abre-debate1 - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Após passarem meses trocando farpas nos bastidores da política do Distrito Federal, sete postulantes ao Palácio do Buriti puderam ficar frente a frente durante o primeiro debate entre os pré-candidatos ao GDF. Promovido pelo Metrópoles, o evento foi realizado na noite dessa segunda-feira (9/7), no Auditório ParlaMundi, na Legião da Boa Vontade (LBV). Além de apresentarem ao eleitor propostas para áreas vitais da cidade, como saúde, educação e segurança, os aspirantes ao posto máximo do Executivo local provocaram-se e tentaram explorar eventuais fraquezas dos concorrentes.

O confronto de ideias foi transmitido ao vivo em todas as plataformas do grupo. Nas redes sociais (Facebook, Twitter, Instagram e YouTube), havia mais de 133 mil visualizações até as 23h45. O debate mobilizou ainda convidados e simpatizantes dos que sonham comandar a capital do país a partir de 2019. Com capacidade para 500 pessoas, o auditório do ParlaMundi ficou lotado. Do lado de fora, verdadeiras “torcidas organizadas” entoavam gritos de apoio aos pré-candidatos.

Veja como foi: 

Durante pouco mais de três horas, o empresário Alexandre Guerra (Novo); a ex-distrital e secretária do governo Arruda Eliana Pedrosa (Pros); a enfermeira sanitarista e uma das criadoras do Saúde da Família Fátima Sousa (Psol); o deputado federal Izalci Lucas (PSDB); o ex-secretário de saúde e ex-deputado federal Jofran Frejat (PR); o general Paulo Chagas (PRP); e o atual governador do DF, Rodrigo Rollemberg (PSB), tentaram convencer a população do DF de serem merecedores dos votos no pleito de outubro.

O clima começou cortês, mas esquentou em alguns momentos, com pré-candidatos elevando o tom de voz para atacar ou se defender de acusações. O primeiro embate ocorreu entre Fátima e Frejat. O postulante ao Buriti pelo PR foi acusado pela candidata do PSol de ter dado uma “canetada” e acabado com o programa Saúde em Casa. Com ironia, Frejat chamou a docente de mal-informada, disse que o projeto foi extinto após ele ter assumido a secretaria de Saúde, mas antes passou por aperfeiçoamento.

Em razão das recorrentes manifestações da plateia, que vaiava ou aplaudia conforme as falas, a mediadora do debate e diretora de Redação do Metrópoles, Lilian Tahan, teve de fazer várias intervenções pedindo silêncio. Estreante na política, o general Paulo Chagas causou frenesi ao responder a pergunta da jornalista da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) Juliana Cézar Nunes sobre o alto índice de homicídios de jovens negros.

A repórter citava dados do Atlas da Violência de 2017, segundo os quais, das 61.283 mortes violentas ocorridas em 2016, 74,5% eram de pessoas negras, sendo que 53% das vítimas tinham idade entre 15 e 29 anos. Ao tomar a palavra, o oficial do Exército Brasileiro disse: “Se os negros são os que mais morrem, são também os que mais matam”.

Após parte do público entoar gritos de “racista”, o general se explicou dizendo ter sido mal interpretado. “Sou uma pessoa que convive bem com qualquer tipo de gente, de qualquer raça ou religião”, defendeu-se.

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Tudo pronto no auditório ParlaMundi da LBV, na Asa Sul, para o primeiro debate pré-eleitoral com postulantes ao Buriti promovido pelo <b>Metrópoles</b>
Movimentação de convidados na frente da LBV: 500 pessoas participaram
Movimentação de convidados na chegada à LBV, na Asa Sul
Evento é o primeiro do tipo promovido pelo portal de notícias
Sete pré-candidatos a governador participaram do evento
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Pré-candidatos apresentaram suas propostas ao DF nessa segunda-feira (9/7)

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Tudo pronto no auditório ParlaMundi da LBV, na Asa Sul, para o primeiro debate pré-eleitoral com postulantes ao Buriti promovido pelo Metrópoles

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Movimentação de convidados na frente da LBV: 500 pessoas participaram

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Movimentação de convidados na chegada à LBV, na Asa Sul

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Evento é o primeiro do tipo promovido pelo portal de notícias

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Sete pré-candidatos a governador participaram do evento

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Deputada distrital Luzia de Paula (PSB) entre as convidadas. Mesma sigla do atual governador

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Movimentação dos apoiadores do governador Rodrigo Rollemberg na chegada à LBV

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Ex-presidente do PSB-DF e pré-candidato a deputado federal, Marcos Dantas (de azul) acompanhou o evento

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Debate foi dividido em seis blocos e durou cerca de três horas

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Lilian Tahan, diretora de Redação do Metrópoles, foi a mediadora do evento

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Eliana Pedrosa e Paulo Chagas apresentaram suas propostas

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Paulo Chagas, Fátima Souza e Rodrigo Rollemberg

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Auditório da LBV repleto de convidados: 500 participantes

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Frejat, com Eliana Pedrosa em primeiro plano

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Rollemberg e Frejat

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Adelmir Santana, presidente da Fecomércio, um dos patrocinadores do evento

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Paulo Chagas e Rollemberg, em primeiro plano

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Diretora de Redação do Metrópoles, Lilian Tahan

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Entre convidados, a secretária do GDF Maria de Lourdes Abadia

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Rollemberg e Frejat durante o debate

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O deputado federal Alberto Fraga (DEM), pré-candidato ao Senado, acompanhou o evento

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1º Debate Metrópoles com pré-candidatos ao GDF

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Paulo Chagas (PRP): "Brasília é Patrimônio Cultural da Humanidade e tem de se apresentar bem, principalmente na educação. Nos primeiros dias do ano, vamos fazer um pente-fino e identificar quais escolas mais carecem de cuidados. E vamos fazer isso antes do ano letivo começar, pois, com os alunos em atividades fica complicado fazer intervenções"

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1º Debate Metrópoles com postulantes ao Buriti: oportunidade ímpar para os pré-candidatos apresentarem propostas

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Ex-deputada distrital Eliana Pedrosa, pré-candidata ao Buriti

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Governador com assessores no intervalo do debate

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Assessor e Paulo Chagas: descontração em um dos intervalos

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Eliana Pedrosa sendo orientada por sua equipe

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Além do Metrópoles, outros veículos da imprensa foram convidados para cobrir o evento e sabatinar pré-candidatos

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Auditório ParlaMundi, da LBV, onde ocorreu o evento

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Izalci Lucas durante o debate

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Nove seguidores do Metrópoles mandaram perguntas aos pré-candidatos

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Secretária Maria de Lourdes Abadia chegando ao evento

Igo Estrela/Metrópoles
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Todo o debate foi traduzido em Libras, para o público não ouvinte

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Mais cobrado
O atual chefe do Executivo local foi duramente atacado ao longo do debate. Rollemberg teve de responder a questionamentos sobre o desabamento do viaduto da Galeria dos Estados, em 6 de fevereiro de 2018. Ao explicar a falta de manutenção na estrutura, alegou não “poder fazer tudo ao mesmo tempo”.

Rollemberg também foi acusado por Eliana Pedrosa de “chororô”, ao recorrer com frequência à “herança maldita” deixada pelo antecessor, Agnelo Queiroz (PT). O governador também defendeu o programa de regularização fundiária, classificando como “o maior da história do Distrito Federal”, em resposta à pergunta de Fátima Sousa. Na réplica, a candidata desqualificou o projeto, considerado por ela incompleto e ineficiente.

Já o candidato do Partido Novo, Alexandre Guerra, acusou o GDF de utilizar secretarias, empresas públicas e administrações regionais como instrumentos para atender interesses políticos sem qualquer critério técnico e os indicados aos cargos terem a devida qualificação. Na réplica, exaltado e em tom de voz elevado, Rollemberg respondeu.

“A CEB estava quebrada e nós a recuperamos. O mesmo ocorreu na Caesb, na Terracap e no BRB. Está ali o Júlio [Gregório, secretário de Educação], que não foi indicação política; o Wilson [de Paula, secretário de Fazenda] também não foi”, explicou.

Estreantes
Caras novas do eleitorado brasiliense, Paulo Chagas, Fátima Sousa e o próprio Alexandre Guerra defenderam pontos de vista distintos em relação ao modelo de gestão que pretendem implementar no DF. Guerra defendeu a disruptura do famigerado toma lá dá cá entre o governo e a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). “Se um deputado quiser se sentar comigo e conversar para chegar num acordo, nós faremos. Negociações nós faremos, negociatas, não”, garantiu.

Enfermeira sanitarista, a candidata do PSol bateu na tecla da saúde e travou seus principais embates com o veterano e ex-secretário de Saúde Jofran Frejat. “O senhor criou a ESCS [Escola Superior de Ciências da Saúde], mas se utilizou de toda a estrutura e servidores da secretaria de Saúde. São servidores sobrecarregados, com dupla jornada, não podendo se dedicar exclusivamente aos estudantes. O senhor também não ouviu a Universidade de Brasília nesse processo”, criticou Fátima Sousa. Irritado, Frejat respondeu dizendo ser “muito fácil quem não participou pôr defeito no que está pronto”.

Na visão do general Paulo Chagas, há necessidade de mudança nas pessoas e não no discurso. “De quatro em quatro anos, nós ouvimos as mesmos candidatos falando que a saúde, a educação e a segurança não têm jeito, mas prometem mudanças. Se você votou em alguém e ela te pede voto nas eleições seguintes, você tem de se fazer uma pergunta: o que ele fez nesses quatro anos?”, questionou.

Desenvolvimento local
O tucano Izalci Lucas defendeu um pólo de desenvolvimento para cada cidade como forma de diversificar a distribuição de empregos nas Regiões Administrativas, desconcentrando o grande fluxo em direção ao Plano Piloto. “Para você atrair empresa, precisa dar segurança jurídica, infraestrutura e financiamento. O Pólo JK até hoje não tem a estrutura necessária. Tem recurso, o que falta é uma gestão eficiente e nós temos potencial para atrair empresas para o DF”, avaliou.

Eliana Pedrosa, ao responder pergunta de Frejat sobre as dificuldades das mulheres no mercado de trabalho, destacou o desenvolvimento da capacitação profissional e o advento do teletrabalho como formas de inserir, ou reinseri-las no mercado. “As mulheres vão ter uma atenção maior à saúde no trabalho. Elas têm uma dificuldade imensa, por conta da gravidez, mas acho que com capacitação profissional e a possibilidade de fazer o trabalho de casa romperemos essa barreira”, propôs.

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