Debandada no PSDB. Depois da saída de Abadia, quatro deixam a legenda
Paulo Roriz, Luiz Pitiman, Virgílio Neto e Robério Negreiros se desfiliaram do partido, presidido no DF pelo deputado federal Izalci Lucas
atualizado
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O PSDB, partido presidido no DF pelo deputado federal Izalci Lucas, não tem mais representante na Câmara Legislativa. Robério Negreiros redigiu uma carta com o pedido de desfiliação da legenda e entregou o documento na regional da sigla nesta quarta-feira (4/4). “Saio do PSDB, mas meu coração jamais esquecerá a família tucana, na qual tenho grandes amigos”, disse no texto.
Robério faz parte de um grupo com nomes importantes que optaram por sair da agremiação a fim de disputar as eleições em 2018. No entanto, ainda não definiu para qual sigla irá.
A primeira pessoa a anunciar a mudança foi a ex-governadora Maria de Lourdes Abadia. Ela deixou o partido – de cuja fundação participou – para se filiar ao PSB, legenda do governador Rodrigo Rollemberg, com quem ensaia uma dobradinha nas eleições de outubro.
Ao lado dela, sai Virgílio Neto, nome também conhecido no PSDB. Virgílio era secretário-geral do partido e, recentemente, assumiu a subsecretaria de Políticas Estratégicas da Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh). Ele também fará parte do PSB.
Luiz Carlos Pietschmann, o Luiz Pitiman, abandona o tucanato para assumir um papel no partido do ex-vice-governador Tadeu Filippelli. No MDB, a possibilidade é que ele concorra a uma vaga na Câmara dos Deputados. Ex-deputado distrital, Paulo Roriz também se desfiliou do PSDB e ainda negocia com outras siglas, entre elas PSDC e PSC.
Antes de se desfiliarem, todos tiveram algum problema com Izalci Lucas. Na justificativa para a saída, alegaram nos bastidores que não poderiam continuar na agremiação devido ao comportamento do presidente.
No entanto, Izalci não considera os players uma perda para a legenda. “Isso só consolida o projeto que estamos desenvolvendo desde 2011. Essas pessoas já estavam fora desse processo. Elas estavam com pensamento ultrapassado: de cúpula do PSDB”, afirmou.
Para o deputado federal, neste momento, o PSDB deixa de ser coadjuvante. “O partido sempre era aliado de última hora de alguém. Agora, isso acabou”, diz.