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De volta a Brasília, Ibaneis faz reuniões para definir secretários

Governador eleito espera se reunir com Bolsonaro nesta semana para receber indicações para a Segurança. Na Saúde, ouvirá Jofran Frejat

atualizado

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Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles
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1 de 1 Ibaneis_aeroporto - Foto: Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles

O governador eleito Ibaneis Rocha (MDB) desembarcou no Aeroporto Internacional de Brasília, às 11h42 desta segunda-feira (5/11), ao lado da mulher, Mayara Noronha. Depois de deixar a esposa e as malas em casa, no Lago Sul, o emedebista seguiu para reunião com o ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, para pleitear investimentos para áreas rurais do Distrito Federal.

O ministro prometeu repassar de sete a oito patrulhas mecanizadas à cidade, com a possibilidade de chegar a 20 equipamentos agrícolas até o ano que vem. Os maquinários serão doados pelo Governo Federal e mantidos pelo GDF. “Com esses equipamentos será possível melhorar estradas, a condição das escolas na área rural, construção de pontes, entre outros”, disse o advogado.

A expectativa é que, a partir desta segunda (5), Ibaneis revele mais nomes do primeiro escalão do GDF. Ele aguarda por uma reunião nesta semana com os 27 governadores e Jair Bolsonaro (PSL), mas quer falar antes com o presidente eleito para pegar indicação de três nomes para a Secretaria de Segurança. “O responsável pela pasta atende todas as autoridades que estão no DF e passam por aqui”, justificou.

Para a Secretaria de Saúde, o governador eleito disse ao Metrópoles que prefere um médico no comando. “Acredito que a interlocução com os profissionais seja maior. Precisa ser alguém que tenha muita experiência e contato com todas as categorias para passar credibilidade a população. Um gestor pode ficar auxiliando.”

O emedebista também afirmou que a decisão de dividir a pasta pode ser revista. “Pedi a opinião do [Jofran] Frejat sobre a questão da atenção básica, mas ainda não há nada definido”, explicou. Ele queria separar a secretaria em duas: uma para atenção básica e outra para gerir os hospitais e as Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs). No entanto, Frejat criticou a proposta e disse que a cisão seria um equívoco.

Do Ministério, ele seguiu para uma visita de cortesia ao presidente do Tribunal de Justiça do DF, desembargador Romão Cícero de Oliveira. O ex-presidente da seção local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) buscou a parceria do órgão para os casos do  Centro Administrativo (Centrad) e da licitação de linhas de ônibus. “Eu sei que o Judiciário tem suas próprias regras, mas tanto ele quanto o Ministério Público têm que participar do governo. Quero ter uma interlocução com ambos.”

Ibaneis viaja nesta quinta-feira (8) para o Piauí e retorna na segunda-feira (12). Além de visitar a família, vai cuidar de negócios que tem na região.

Reuniões
Em São Paulo desde a última quarta-feira (31/10) para fazer um check-up, ele aproveitou a viagem para se encontrar com três governadores eleitos. O último encontro, nesse domingo (4), foi com o futuro gestor do Acre, Gladson Cameli (PP), para discutir o desenvolvimento econômico para as unidades da Federação.

O advogado também participou de reuniões com o próximo governador de SP, João Doria (PSDB), e com o eleito do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). Ele voltou a Brasília com encontros marcados. Às 15h30, vai se reunir com presidentes dos três partidos que formaram a primeira chapa para a disputa ao GDF: MDB, PP e Avante. Em seguida, recebe os integrantes de outras legendas, apoiadoras do primeiro e segundo turno.

Às 19h, se encontra com o senador Cristovam Buarque (PPS). O parlamentar apresentará o projeto que chama de Escola Ideal. A proposta é que algumas cidades do DF tenham unidades de ensino integrais, com edificações novas e equipamentos modernos. As instituições serviriam de modelo para ampliação posterior do sistema.

Transição
O próximo governador do DF receberá de sua equipe a sugestão de trabalhar com 24 comissões temáticas no processo de transição. O conselho escolhido pelo advogado para gerenciar a ação, composto por 15 pessoas, concluiu, no domingo (4), uma espécie de organograma para nortear o procedimento. Cada um dos 24 núcleos terá cinco integrantes. Ao total, 120 pessoas deverão participar dos trabalhos.

O vice-governador eleito, Paco Britto (Avante), vai gerir os trabalhos, e os três secretários anunciados por Ibaneis serão coordenadores de áreas específicas. O futuro titular da Fazenda, André Clemente, chefiará a área que será nomeado para comandar. Erika Filippelli coordenará a comissão que trata sobre questões das mulheres. Izídio Santos, a área de Obras e Desenvolvimento Econômico.
Além desses setores, os núcleos terão grupos dedicados às áreas de saúde, educação, transporte, meio ambiente, agricultura, desenvolvimento urbano, trabalho, entre outras. Dos integrantes da equipe de transição, 13 devem fazer parte de um quadro remunerado pelo poder público. Eles estarão dentro da estrutura disponibilizada pelo GDF, pois precisam de senhas para ter acesso às contas e informações sigilosas do governo, necessárias para a futura gestão.

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