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Cristiano Araújo terá de explicar por que deu bolsas a beldades

Subordinados do político na Secretaria de Ciência e Tecnologia teriam garantido que as indicações do chefe ficariam com vagas da FAP

atualizado

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Ao acatar, por 17 votos a dois, denúncia contra o deputado distrital Cristiano Araújo (PSD), a Justiça cobrará do político, agora como réu em processo criminal, explicações sobre o suposto esquema que fraudou o Programa de Bolsas de Pesquisas, da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP) do DF.

As investigações apontam que o jovem político brasiliense, titular da Secretaria de Estado de Ciências e Tecnologia entre outubro de 2011 e abril de 2012, foi responsável por indicar nove dos 21 aprovados na seleção de bolsistas. Os escolhidos receberiam R$ 4 mil/mês, sem, contudo, realizar uma pesquisa sequer. Curiosamente, sete das nove indicações de Cristiano Araújo eram jovens e belas mulheres – uma delas, ex-dançarina do programa de TV Caldeirão do Huck.

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Ex-dançarina de programa de TV também precisou de assessoria especial
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Estudante de enfermagem entre as beneficiárias treinadas por supervisora da FAP

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Ex-dançarina de programa de TV também precisou de assessoria especial

 

Em junho de 2013, a revista Veja Brasília publicou detalhes da investigação – um desdobramento da Operação Firewall II. O inquérito de 43 páginas, que reunia nove testemunhos e transcrição de 11 escutas telefônicas, apontava que assessores de Araújo e dirigentes da FAP cuidaram para que a seleção fosse de fachada, garantindo as vagas para os escolhidos do chefe.

Conforme a reportagem, a então superintendente de Difusão Científica e Tecnológica da FAP, Vera Lúcia Moreira, disse em depoimento ter recebido ordem para “orientar” e “atender”, pessoalmente, os indicados do deputado. Segundo Vera, eles tinham uma “dificuldade enorme de elaborar o pré-projeto”, mas, com sua assessoria, todos tiraram nota 9, o que obviamente levantou suspeita e foi questionado pelos demais candidatos à época. Tanto a ex-dançarina do Caldeirão do Huck quanto uma estudante de enfermagem do UniCeub estavam entre os “orientandos” de Vera Lúcia.

À época, Cristiano Araújo afirmou à publicação que não teve acesso ao inquérito e que, por isso, não poderia falar sobre o assunto. “Dizer que eu participo de quadrilha? Francamente, né?”, limitou-se a declarar. Agora, listou, por meio de nota, o que chama de erros do processo e garantiu que, tão logo seja notificado, apresentará sua defesa e vai recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

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