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Crise dos grampos. “Eu tenho provas”, diz Marli Rodrigues a jornal

Sindicalista garantiu que vai entregar todo o material que tem sobre denúncias de pagamento de propina em contratos do GDF à CPI da Saúde, nesta quinta-feira (21/7)

atualizado

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marli rodrigues, crise dos grampos
1 de 1 marli rodrigues, crise dos grampos - Foto: Reprodução/Facebook

“Eu tenho provas.” A garantia é da presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde do DF (SindSaúde-DF), Marli Rodrigues. Em gravações divulgadas semana passada, a sindicalista e o vice-governador Renato Santana (PSD) conversam sobre um suposto esquema de pagamento de propina na área da saúde do DF, envolvendo também a Secretaria de Fazenda. Em outro grampo, Marli e o ex-secretário da Saúde Fábio Gondim falam que há um “meio podre” infiltrado na pasta.

Em entrevista exclusiva ao Jornal de Brasília, Marli disse que as provas serão apresentadas na quinta-feira (21/7) aos deputados distritais, durante seu depoimento à CPI da Saúde. Além dela, Santana também foi convidado a prestar esclarecimentos e confirmou a ida à Câmara Legislativa. “O governador tem um grande desafio pela frente. Ele deve se preocupar não somente em explicar, mas convencer, porque está claro que existe uma propina”, destacou a sindicalista ao jornal.

Questionada sobre os motivos que a levaram a fazer as gravações, Marli negou qualquer intenção política. Garantiu que foi movida por “indignação”: “Morrer onde existe SUS não é normal”.

O depoimento da presidente do SindSaúde será às 10h. O do vice foi agendado para as 15h. Os membros da CPI aprovaram ainda o convite para o ex-secretário Fábio Gondim e a convocação de Marcello Nóbrega, à época subsecretário de Administração Geral, atualmente subsecretário de Infraestrutura e Logística, ainda sem data para deporem.

A previsão inicial era de que o depoimento de Marli fosse fechado. Segundo o deputado Wellington Luiz (PMDB), presidente da CPI da Saúde, a oitiva seria gravada. De acordo com o parlamentar, a sindicalista, mãe de nove filhos, teria pedido proteção policial para ela e familiares.

Ao Jornal de Brasília, a sindicalista disse que falaria em sessão aberta ou fechada e que a decisão seria dos parlamentares. Ela negou que o pedido de privacidade foi feito por medo.

Desde que entrei nessa investigação, minha única preocupação tem sido com a vida dos pacientes que agonizam nos hospitais sucateados.

Marli Rodrigues

Para Marli, antes de persegui-la e tentar desqualificá-la, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) deveria se preocupar em convencer a população de que apurou as denúncias do suposto esquema de propina, já que o vice garante que reportou a ele assim que soube da cobrança: “Estou numa posição muito inferior à dele, quando se trata de poder, de artilharia”.

Pressão no Buriti
A movimentação dos distritais, em plenas férias, é vista como uma manobra da presidente da Câmara, Celina Leão (PPS), para atacar o governador Rodrigo Rollemberg (PSB), cujo governo ficou fragilizado com a crise aberta pela divulgação dos grampos. A oposição está aproveitando para disparar contra o Palácio do Buriti.

Ainda de acordo com o jornal, a presidente do SindSaúde disse que o Distrito Federal “é um navio de um comandante só”. Ela contou que percebeu, na conversa com Renato Santana, que o vice-governador estava muito angustiado, “por saber de algumas coisas e não ter como reagir”.

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