Conheça os delegados eleitos na lista tríplice da Polícia Civil
Foram escolhidos Robson Cândido (11ª DP), Benito Tiezzi (Sindepo) e Gilberto Maranhão (SSP). Ibaneis deverá escolher um dos nomes
atualizado
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A listra tríplice com os nomes dos delegados da Polícia Civil do Distrito Federal que concorrerão ao cargo de diretor-geral está definida. Foram escolhidos Robson Cândido (11ª DP/Núcleo Bandeirante), Benito Tiezzi (Sindepo) e Gilberto Maranhão (SSP). Agora, o governador recém-eleito, Ibaneis Rocha (MDB), deverá escolher quem vai ocupar o cargo máximo da PCDF.
O pleito ocorreu na noite desta quinta-feira (31/10), na sede da Associação dos Delegados da Polícia Civil (Adepol). O mais bem votado foi o diretor do Sindicato dos Delegados, Robson Cândido – quarto da esquerda para a direita. O titular da Sindepo obteve 265 sufrágios. Na sequência, Benito – o quinto da esquerda para direita – reuniu 242 apoiadores. Gilberto – terceiro da direita para a esquerda – somou 170.
Além dos que integram a lista tríplice, outros delegados colocaram seus nomes à disposição: Victor Dan (23ª DP/Ceilândia), Laércio Rossetto (2ª DP/Asa Norte), Fernando Cocito (12ª DP/Taguatinga), Sérgio Bautzer (27ª DP/Recanto das Emas), Anderson Espíndola (SSP) e Moisés Martins (1ª DP/Asa Sul).
Perfis
Robson Cândido – sempre atuou nas delegacias circunscricionais. Tem 28 anos de atividade policial, sendo oito deles em Goiás. Foi delegado plantonista em 10 cidades do DF, delegado cartorário e adjunto. Atualmente, chefia a 11ª DP, do Núcleo Bandeirante. Integrante da diretora do Sindicato dos Delegados da PCDF (Sindepo), fez forte oposição à reeleição de Rodrigo Rollemberg (PSB).
Gilberto Maranhão – de perfil técnico e agregador, Maranhão tem ótimo trânsito entre delegados da ativa e aposentados. Destacou-se em cargos estratégicos na área de inteligência da polícia, em âmbitos local e federal. Foi responsável, por exemplo, por estruturar a Secretaria Extraordinária para Grandes Eventos, atuando na Copa do Mundo, Olimpíadas e Copa das Confederações. Atualmente, está lotado na Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social.
Benito Tiezzi – de perfil pacificador, o delegado circula bem tanto entre a atual gestão quanto na oposição. Presidiu o Sindepo durante seis anos e, hoje, integra a diretoria do sindicado, tendo conquistado o respeito de seus colegas. Foi lotado nas delegacias do Lago Norte, Riacho Fundo e Núcleo Bandeirante. Também atuou como assessor da Direção-Geral na gestão de Laerte Bessa e seguiu com ele para auxiliá-lo no Congresso, quando Bessa tornou-se parlamentar.
Escolha de Ibaneis
Desde 2012, os policiais apresentam lista tríplice ao governador para indicar seus quadros preferidos. No entanto, paralelamente ao trabalho do Sindepo, o Sinpol também se organiza para indicar três nomes. Conforme antecipou o Metrópoles, a votação será na próxima quinta-feira (8/11). Assim, o emedebista pode receber duas relações diferentes, o que torna a escolha mais difícil, no sentido de tomar uma decisão sem arranhar a imagem com parte da categoria.
“Assumi a lista tríplice e vou cumprir. Espero que eles cheguem a um consenso para que tanto agentes quanto delegados tenham nomes em comum”, pontuou Ibaneis.
O futuro chefe do Executivo local disse ter conversado com representantes do Sinpol a respeito do assunto. “Pedi que pegassem os candidatos do Sindepo e fizessem uma votação. Se aparecerem nomes de consenso, nós indicaremos um deles.” Foi justamente com base nessa pré-seleção que os últimos dois diretores-gerais, Eric Seba e Jorge Xavier, chegaram ao comando da PCDF.
Força política
A competição fervorosa pela chefia da Polícia Civil tem justificativa: depois do cargo de governador, o chefe da corporação é considerado um dos mais poderosos na estrutura do governo. Passa pelo diretor-geral toda a sorte de informações estratégicas. Em reportagem publicada semana passada, o Metrópoles mostrou como estão os bastidores da disputa.