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Concurso da CLDF adia análise do pedido de cassação de Liliane Roriz

Segundo a Mesa Diretora, a ideia é tratar dois assuntos importantes da Casa na mesma reunião, dia 29: o caso Liliane e o concurso da Câmara

atualizado

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Liliane Roriz
1 de 1 Liliane Roriz - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Mesa Diretora da Câmara Legislativa adiou para 29 de novembro a reunião que decidirá pela continuidade ou arquivamento do processo de cassação do mandato da deputada Liliane Roriz (PTB). O pedido, apresentado pela ONG Adote um Distrital, tem como base a condenação, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF), a 4 anos, 5 meses e 8 dias em regime semiaberto e ao pagamento de R$ 32,4 mil por compra de votos nas eleições de 2010.

Segundo a Câmara Legislativa, o adiamento se deu para que a Mesa trate de dois assuntos importantes na mesma reunião: a situação de Liliane e a seleção pública da Casa. Como a Comissão de Concursos da CLDF precisa de tempo para definir os próximos passos do certame – uma vez que a escolha da Fundação Carlos Chagas (FCC) como banca foi anulada pelo Tribunal de Contas do DF (TCDF) –, o encontro da Mesa ocorrerá apenas na próxima quarta-feira.

Nesta quarta (22/11), Liliane Roriz também seria ouvida na 2ª Vara de Fazenda do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) na condição de testemunha no processo da Operação Drácon, mas está fora de Brasília.

Após a condenação no TRE-DF, o suplente da deputada, Guarda Jânio (PRTB), entrou com o pedido de cassação. No mesmo pedido, ele citou reportagem do Metrópoles em que a deputada é investigada pela Polícia Civil como proprietária fantasma de uma empresa que serviria para lavar dinheiro.

Na CLDF, a Procuradoria-Geral da Casa deu parecer favorável ao arquivamento do processo contra a única herdeira do ex-governador Joaquim Roriz com mandato.

Para a Procuradoria, o mesmo processo em que a deputada foi acusada de compra de votos foi analisado pela Corregedoria e arquivado em meados de 2016, pelo titular do órgão, o deputado Rafael Prudente (PMDB). Sem fatos novos, a recomendação é que a Mesa Diretora arquive o novo processo.

No caso em que Liliane é investigada pela abertura da empresa fantasma, a Procuradoria diz que não há elementos suficientes para a continuidade do pedido de cassação na Casa.

Na próxima semana, o processo será analisado pelo presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle (PDT); pelo vice, Wellington Luiz (PMDB); e pelos secretários Robério Negreiros (PSDB), a suplente Telma Rufino (Pros) e Raimundo Ribeiro (PPS), que é um dos apontados pela própria Liliane na Operação Drácon como envolvido no suposto esquema de corrupção.

Operação Drácon
Liliane Roriz também seria testemunha, ainda nesta quarta-feira (22), no processo da Operação Drácon. Ela é a principal denunciante de um suposto esquema de corrupção, em que os deputados Celina Leão (PPS), Cristiano Araújo (PTB), Raimundo Ribeiro, Julio Cesar (PRB) e Bispo Renato Andrade (PR) seriam os responsáveis por negociar a aprovação de emendas parlamentares em troca de propina na área da saúde. O mesmo processo também envolve servidores da Câmara Legislativa.

Entretanto, a distrital está em São Paulo, onde faz uma bateria de exames. Por conta da licença médica, Liliane Roriz terá de marcar uma nova data para ser ouvida pela 2ª Vara de Fazenda do TJDFT.

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