Com febre, Joaquim Roriz é internado em hospital do DF
O quadro do ex-governador, que é diabético e doente renal crônico, é estável
atualizado
Compartilhar notícia
O ex-governador Joaquim Roriz, 79 anos, está internado em uma semi Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Coração. Diabético e doente renal crônico, o político teve febre na quinta-feira (2/6) e a família achou melhor interná-lo, por precaução. A expectativa é que Roriz seja transferido para um quarto ainda neste sábado (4).
Em novembro do ano passado, o ex-governador ficou quase uma semana internado após um quadro de hipertensão e taquicardia e precisou fazer um cateterismo, que não identificou nenhum problema de saúde além dos já conhecidos.
Joaquim Roriz governou o Distrito Federal por 13 anos intercalados (1988/1990, 1991/1995, 1999/2006). A última aparição pública dele foi no dia 4 de agosto do ano passado, no dia de seu aniversário, quando ele recebeu o título de cidadão honorário de Brasília. Roriz se emocionou ao ser homenageado no Memorial JK.
Na Justiça
Em 2006, foi eleito senador. Iniciou o mandato em 2007 e renunciou cinco meses depois para escapar de um eventual processo de cassação devido ao escândalo da Bezerra de Ouro.
Ele foi condenado em segunda instância no ano passado por interceder a favor do empresário Nenê Constantino (dono da GOL) para descontar no Banco de Brasília dois cheques do Banco do Brasil no valor de R$ 2,2 milhões. Roriz se defendeu alegando que a transação dizia respeito a um empréstimo de R$ 300 mil que ele teria feito com Constantino para a compra do embrião de uma bezerra, na Universidade de Marília, interior de São Paulo.
Também no ano passado, Roriz foi condenado em primeira instância, juntamente com as três filhas (Liliane, Jaqueline e Wesliane), por improbidade administrativa. Ele é acusado de receber apartamentos em Águas Claras, após participar de um esquema para concessão de empréstimos no total de R$ 6,7 milhões a construtoras. A defesa do ex-governador entrou com recurso.
Em fevereiro deste ano, o juiz da 2ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça, Álvaro Ciarlini, condenou Roriz em primeira instância por improbidade administrativa. A ação refere-se às investigações da Caixa de Pandora, e foi impetrada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.