Cobranças marcam panfletagem de Rollemberg no Setor Comercial Sul
Candidato à reeleição, governador do DF se reuniu com donos de quiosques e trailers e fez caminhada para pedir votos no centro de Brasília
atualizado
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Logo após a reunião com a direção do Instituto Hospital de Base (IHB), na manhã desta segunda-feira 3/9), o candidato à reeleição Rodrigo Rollemberg (PSD) se encontrou com proprietários de quiosques e trailers, no Setor Comercial Sul, e decidiu fazer uma caminhada pela região. O corpo a corpo com o eleitor, no entanto, foi marcado por reclamações, críticas e pedidos de diversas naturezas.
O consultor de viagens Antônio Nascimento, 30 anos, pediu por mais concursos públicos para a Polícia Civil do DF. “O senhor tem de olhar para nós. Estou estudando há quatro anos e você nem sequer chama os aprovados”, reclamou.
Sergio Saldanha, 54 anos, é corretor de imóveis e questionou o governador sobre o número de câmeras de fiscalização eletrônica nas ruas. “Meu carro está apreendido porque peguei umas multas, mas ele é meu ganha pão e não estou conseguindo trabalhar. Pardais só servem para arrecadar e não trazem melhorias nenhuma para a cidade, pois as ruas estão cheias de buracos”, apontou.
Aos dois homens, Rollemberg repetiu o que tem dito à maioria das pessoas que o aborda: vai avaliar cada questão e continuar trabalhando para atender às solicitações.
Sincero e direto, o morador de rua Denilson Pereira, 65 anos, pediu ao governador dinheiro para tomar uma “dose de pinga”, mas também reclamou por mais atenção aos desabrigados. “O senhor me ajuda? Mas olha, eu quero uma vida também”, provocou. Ele explicou que não tem lugar para morar porque foi expulso de casa. “Eu sou um ser humano e não vejo fazerem nada por nós que moramos na rua”, afirmou. O socialista pediu para seus assessores anotarem o contato do homem, que não tinha celular, e seguiu adiante.
Regularização da feira
Antes da peregrinação, Rollemberg participou de uma reunião com representantes da União dos Proprietários de Trailers e Quiosques, no auditório da Federação do Comércio, Bens, Serviços e Turismo do DF (Fecomércio). O governador disse ter avançado no processo de regularização da feira local, mas ressaltou que os donos de estabelecimentos devem fazer a parte deles, como manter o tamanho permitido das unidades. “Não sou como alguns irresponsáveis que prometem regularizar fora da lei”, disparou o candidato.
Porém, Sheila Santos (foto em destaque), 43 anos, reclamou do aumento das taxas cobradas aos comerciantes. “Eu pagava R$ 1.500 e agora são R$ 5 mil. Quando você vai abaixar isso? É um absurdo”, reclamou a dona de um restaurante da Rodoviária do Plano Piloto. Rollemberg se limitou a dizer que só pode acatar a demanda depois que terminar o período eleitoral.
Outro pleito apresentado tratou do remanejamento de alguns quiosques. “Estou com minha loja de acessórios há mais de 20 anos e há quase um ano eles dizem que não podemos ficar lá. Por que só agora? É questão de bom senso o senhor nos deixar lá”, disse Sara Vasconcelos, 54 anos. O socialista afirmou, no entanto, que o Iphan não permite estabelecimentos grudados em pilastras.
Acompanhado de seu candidato a vice Eduardo Brandão (PV), Rollemberg foi recepcionado por poucos militantes no local. Dentro do auditório, pouco mais de duas dezenas de pessoas ouviram as promessas do governador. Na caminhada, cabos eleitorais surgiram para movimentar a campanha. A candidata ao Senado Leila do Vôlei (PSB) também participou do corpo a corpo.