Catadores terão aumento em benefício por deixarem Lixão da Estrutural
Bolsa passará de R$ 300 para R$ 360,75 e será paga a 1,2 mil trabalhadores que tiveram perdas com transferência para aterro de Samambaia
atualizado
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Mesmo com dificuldades para pagar salários, benefícios sociais e horas-extras, o governo local vai ampliar o valor repassado para catadores de materiais recicláveis que trabalham no Aterro do Jóquei — também chamado de Lixão da Estrutural. O número de beneficiários também vai aumentar, de 900 para 1,2 mil, e cada um receberá R$ 360,75 por mês. Hoje o valor é de R$ 300.
A bolsa consta do Projeto de Lei n° 1.459/2017, enviado pelo Executivo à Câmara Legislativa. De acordo com a proposta, os benefícios fazem parte de uma compensação por conta da transferência do lixão, que fica próximo à Cidade Estrutural, para Samambaia. Com a ida dos detritos para outro aterro, os catadores, de acordo com os cálculos presentes na proposta, terão uma perda mensal estimada em R$ 432,9 mil. A previsão é de que o Lixão da Estrutural seja fechado definitivamente até meados de 2018. O aterro de Samambaia começou a operar em janeiro deste ano.
Para terem direito ao benefício, cuja duração será de três meses, os catadores não poderão exercer outra atividade como renda principal e precisam participar de cursos de capacitação. As aulas serão disponibilizadas pela Secretaria de Estado de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh). A pasta é a responsável pelo cadastro e o repasse dos recursos. Mesmo que os catadores estejam inseridos em outros programas sociais, poderão receber a bolsa.A proposta do Executivo prevê um gasto de de R$ 5,2 milhões entre 2017 a 2019. Após a aprovação da matéria na CLDF, o GDF terá 30 dias para enviar uma proposta de remanejamento de crédito orçamentário. Segundo a Sedestmidh, atualmente 900 famílias recebem o benefício de R$ 300.
Atrasos
O GDF afirma que o pagamento do auxílio está em dia, mas o mesmo não ocorre com outros beneficiários de programas sociais do governo local. Até o início desta semana, as famílias carentes e em situação de risco social inscritas na iniciativa ainda não tinham recebido os repasses referentes a março e abril. A previsão era regularizar tudo até a quinta-feira (11).
Outro grupo que não recebeu boas notícias foi o dos professores. Na segunda-feira (8), a categoria amanheceu sem dinheiro na conta, pois o GDF descontou os 29 dias da greve feita entre março e abril. O governo havia prometido não abater o tempo parado, mas como o acordo só foi homologado na Justiça na tarde de segunda (8), o pagamento será feito até sexta (12), por meio de folha suplementar.