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Candidatos ao GDF gastam R$ 500 mil com pesquisas eleitorais

Os levantamentos são usados para balizar ações e discursos dos buritizáveis, além das regiões que eles devem visitar no período eleitoral

atualizado

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Pesquisas
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Em uma campanha eleitoral nada é aleatório. Para conquistar votos, identificar falhas, vantagens, problemas ou soluções, há um investimento alto no monitoramento do comportamento do eleitor. Por isso, os candidatos ao Governo do Distrito Federal (GDF) gastaram, até o momento, R$ 507,4 mil em pesquisas quantitativas, trackings e qualitativas. Dos 11 postulantes ao Palácio do Buriti, ao menos quatro declararam à Justiça Eleitoral gastos com levantamentos e testes.

De acordo com dados disponíveis no portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a despesa com pesquisa é uma postura adotada pelos mais bem colocados nas intenções de voto. Entre eles, Alberto Fraga (DEM) foi o que mais aplicou nos levantamentos: as cifras para esse fim chegam a R$ 200 mil. Em segundo lugar está Ibaneis Rocha (MDB), com R$ 150 mil. Eliana Pedrosa (Pros) gastou R$ 82,4 mil, e Rogério Rosso (PSD), R$ 75 mil.

O alto investimento serve para definir os passos dos postulantes. De acordo com o coordenador de comunicação de Fraga, Weligton Moraes, as pesquisas guiam desde a linha de edição dos programas de TV até as agendas do candidato. “Elas trazem um nível de detalhamento das regiões nas quais ele vai, mostram o que a população quer de propostas, quais deficiências cada região tem. São um termômetro de atuação”, relata.

Paulo Pestana, coordenador de comunicação de Ibaneis Rocha, explica que o candidato usa três tipos de metodologia antes de mexer as peças no tabuleiro eleitoral. “Fazemos a qualitativa para saber como ele está em determinada cidade, qual assunto gera mais tensão, se uma região quer saber mais de saúde, de educação. A quantitativa nos dá o percentual de aceitação e é a base para o tracking”, afirma.

Evolução
Segundo Pestana, o tracking, ou monitoramento, mantém atualizadas as informações a cada seis dias. “Cada dia entra uma bateria nova, assim vamos observando a evolução de acordo com as ações”, completou. Por isso, o trabalho precisa ser contínuo.

A equipe do candidato à reeleição ao GDF, Rodrigo Rollemberg (PSB), afirmou que todos os gastos realizados pela campanha são informados à Justiça Eleitoral na prestação de contas. Embora o postulante tenha afirmado em entrevistas que realiza pesquisas internas e elas têm resultado diferente das divulgadas por institutos como Ibope, Datafolha e FSB, ainda não consta no banco de dados do TSE as despesas com os levantamentos.

O candidato do PSD, Rogério Rosso, afirma que também tem utilizado os trackings. “As pesquisas são importantes para sabermos as principais demandas da cidade”, disse.

O prazo para as declarações eleitorais para quem participar somente do primeiro turno termina em 6 de novembro. Na última pesquisa Datafolha, Ibaneis Rocha (MDB) lidera a disputa ao Governo do Distrito Federal. Segundo a sondagem, ele está isolado na ponta, com 24%, e ultrapassou Eliana Pedrosa (Pros), com 16%. Atrás da dupla, aparecem: Rodrigo Rollemberg (PSB), com 12%; Alberto Fraga (DEM), com 10%; e Rogério Rosso (PSD), com 8%.

Os concorrentes Alexandre Guerra (Novo), Fátima Sousa (PSol), General Paulo Chagas (PRP), Antônio Guillen (PSTU), Júlio Miragaya (PT) e Renan Rosa (PCO) não declararam gastos com pesquisas.

Glossário
Tracking, no cenário de marketing político, significa monitoramento. Na campanha eleitoral, é realizado periodicamente para mostrar se os eleitores aprovam as estratégias usadas pelos candidatos.

Pesquisas quantitativas medem o número de pessoas que apoiam ou reprovam determinado candidato ou proposta. Elas são as mais populares e costumam aparecer com os percentuais de quem está na frente nas intenções de voto. Para chegarem a valores minimamente confiáveis, os institutos tomam como referência uma base representativa da população.

Os levantamentos qualitativos, ou as “qualis”, buscam mapear os sentimentos e as avaliações das pessoas. É nessa modalidade que os postulantes tentam captar a percepção do eleitor sobre determinados temas ou candidatos. Elas mostram por que razão os entrevistados aprovam ou rejeitam certo assunto. Geralmente, essas pesquisas são aplicadas em pequenos grupos, separados por idade, nível socioeconômico, formação educacional, gênero, região, entre outros critérios.

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