Campanella desafia: “Provem que recebi dinheiro ilegal para campanha”
Ex-diretor do DFTrans diz não ter participado de desvio milionário investigado pela Operação Trick, mas desistiu de se explicar a deputados nesta quinta-feira (10/9)
atualizado
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Acusado de receber dinheiro de empresas fantasmas para bancar sua campanha a deputado federal, o ex-diretor do DFTrans Marco Antônio Campanella não vai depor na CPI dos Transportes na tarde desta quinta-feira (10/9). Ele apresentou um atestado médico de 60 dias para justificar sua ausência.
Na primeira entrevista concedida após ser conduzido à polícia em 30 de abril, Campanella fez uma provocação: “Quero lançar um desafio. Provem que eu recebi dinheiro sujo de empréstimos tomados de forma fraudulenta. Aceito fazer acareação com qualquer um”.
O Metrópoles revelou nesta quarta (9/9) troca de mensagens que indicam a participação de Campanella no esquema investigado pela Operação Trick. Segundo a polícia, uma organização criminosa desviou R$ 100 milhões em empréstimos fraudulentos obtidos no Banco do Brasil por empresas fantasmas.
Em uma das interceptações, Campanella negocia o repasse de R$ 200 mil com um dos líderes do esquema criminoso, Edgard Eneas, segundo a polícia. Na tarde desta quinta (10/9), o presidente afastado do PPL seria interrogado sobre supostas irregularidades nas licitações envolvendo o transporte público do DF.
O envolvimento dele na Trick se tornaria pauta. Mas Campanella vai perder a primeira chance pública de se explicar por conta de uma fratura no fêmur.
Confira entrevista em vídeo a seguir: