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Buritizáveis dedicam agenda para defesa de acusações de adversários

Candidatos ao GDF programaram essa terça-feira (25/9) para desconstruir a imagem negativa gerada após ataques feitos por adversários

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
palácio do Buriti
1 de 1 palácio do Buriti - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Os candidatos ao Governo do Distrito Federal dedicaram a terça-feira (25/9) para desconstruir a imagem negativa que vem sendo criada durante a campanha após os inúmeros ataques entre os postulantes ao Palácio do Buriti. O momento nais recente da ofensiva foi durante o debate realizado pelo Metrópoles na noite de segunda (24), quando os adversários utilizaram grande parte do tempo disponível para troca de acusações.

Protagonista de um dos momentos mais calorosos do evento, Alberto Fraga (DEM) disse, em caminhada pelo comércio da QN 8, no Riacho Fundo I, que vai recorrer da condenação por suposto recebimento de propina quando era secretário de Transporte do DF: “Isso não vai me intimidar, porque essa condenação não incorre em inelegibilidade. Portanto, vou continuar com a minha campanha e entrar com recurso”. O candidato tomou conhecimento da decisão judicial durante fala do governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que concorre à reeleição.

A duas semanas da votação, o deputado licenciado foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) a 4 anos, 2 meses e 20 dias de prisão, em regime semiaberto. Segundo denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), o parlamentar teria cobrado R$ 350 mil de propina para assinar um contrato entre o GDF e uma cooperativa de ônibus. Fraga acusa Rollemberg de ter articulado com a Justiça a condenação.

Também alvo dos disparos de adversários, a candidata do Pros ao GDF, Eliana Pedrosa (Pros), disse que Rollemberg mentiu ao acusá-la de ter ligação com irregularidades que deram origem à CPI dos Cemitérios na Câmara Legislativa do DF, em 2007. “O mentiroso não tem condição de ser candidato a nada”, disparou contra o gestor.

Ainda durante o debate promovido pelo portal com sete rádios parceiras, Rollemberg afirmou que a empresa do grupo familiar de Eliana fez parte da gestão dos cemitérios investigada pelos deputados distritais. “A senhora não deu conta dos mortos, como daria dos vivos?”, disparou o governador.

Já Rollemberg afirmou nessa terça (25), durante caminhada na W3 Sul, que a eleição de 2018 vai ser decidida nos detalhes. “As pesquisas recentes mostram efetivamente que temos um nível de indefinição muito grande. Temos vários candidatos enrolados e isso evidencia que o pleito vai ser decidido nos últimos dias”, apostou.

Lisura
Um dia após a acusação de “nunca ter pisado no Sol Nascente”, disparada por Rollemberg, Ibaneis Rocha (MDB) esteve no local para fazer o corpo a corpo com os eleitores. Durante a agenda, o advogado comentou acerca do debate realizado pelo Metrópoles. “Esse tipo de encontro serve para que os candidatos se exponham e também para mostrar quem tem lisura. Ficou bem claro como todos eles, da velha política, estão enrolados”, pontuou.

Ibaneis foi um dos mais críticos, mas também sofreu acusações no enfrentamento com os buritizáveis. Rodrigo Rollemberg lembrou que o adversário pertence ao mesmo partido de “Tadeu Filippelli e da Lava Jato”. Nessa terça (25), o emedebista disse que não vai se responsabilizar pelo correligionário. “Não vou pagar pela pena dos outros. Se ele [Filippelli] for condenado, que pague sua pena. Vou fazer uma política diferente”, avisou.

Alexandre Guerra (Novo), por sua vez, criticou as promessas dos adversários de aumentar a remuneração de servidores públicos. “Deveria ser proibido falar de reajuste salarial em campanha eleitoral”, afirmou.

Segundo o postulante ao Buriti, são legítimos os pedidos de correção, desde que feitos em outros momentos. “Acho errado a gente discutir, em período eleitoral, essa pressão dos sindicatos para conseguir dos candidatos uma promessa eleitoreira de aumento de salário”, declarou.

Promessas
Um dos únicos a evitar críticas aos adversários, Rogério Rosso (PSD) fez caminhada no comércio do Gama Oeste, quando preferiu ressaltar as propostas de campanha. “Eu não tenho que analisar nada do que foi dito. A população é que tem que perceber quem está na política apenas por uma aventura e quem tem propostas concretas”, disse Rosso.

Também sem repercutir as trocas de farpas entre os postulantes ao Palácio do Buriti, Fátima Sousa (PSol) assinou carta-compromisso pelos direitos das crianças de até 6 anos. “Essa é uma agenda que faz parte da minha história de vida. Não vamos perder nenhum menino ou menina do Distrito Federal. Nosso compromisso é com a população”, defendeu.

O candidato do PT, Julio Miragaya, esteve no Setor O, de Ceilândia, com apoiadores de campanha. Os candidatos Renan Rosa (PCO), Antonio Guillen (PSTU) e Paulo Chagas (PRP) não divulgaram a agenda à reportagem.

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