Brasilienses não conhecem os administradores regionais, segundo pesquisa Metrópoles/Dados
Levantamento aponta que 81,9% dos moradores da capital não sabem quem os representa nas diversas regiões do DF. A mais lembrada foi Maria Antônia, do Gama, com apenas 2,9%. População cobra eleições para a escolha direta desses gestores
atualizado
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A maioria dos brasilienses não tem ideia de quem são os administradores regionais, o que reflete o distanciamento da população com as políticas públicas locais. Segundo a pesquisa de opinião Metrópoles/Dados, 81,9% dos moradores do Distrito Federal desconhecem quem está no comando das 31 administrações. Entre os jovens de até 25 anos, esse percentual sobe para 87,4%. Já na população de 40 a 59 anos, o índice cai para 33%.
Entre as principais atribuições, as administrações regionais são responsáveis por executar obras, emitir alvarás, analisar e aprovar projetos de arquitetura. Também são canais de comunicação entre os moradores e o governo local. Ou seja, atividades que seriam mais eficazes com a participação popular.
A administradora mais lembrada na pesquisa foi Maria Antônia, do Gama. Mesmo assim, o percentual é ínfimo e alcança somente 2,9% dos entrevistados. Nery do Brasil, de Santa Maria, foi o segundo mais citado, com 2%. André Queiroz, de Brazlândia, figura na terceira colocação geral, com 1,8%. O levantamento foi feito entre 24 e 27 de outubro, com 1,2 mil pessoas, em todo o Distrito Federal.
Promessa
A pesquisa aponta outro dado relevante: 30,7% das pessoas entrevistadas acreditam que o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) ainda não cumpriu a promessa de promover as eleições diretas para as administrações simplesmente porque o chefe do Executivo se esqueceu do compromisso. Outros 29,2% disseram que o chefe do Executivo tem medo de os administradores eleitos serem adversários políticos; e 6,8% acreditam que a proposta não caminhou por esbarrar em impedimentos legais.
Rollemberg precisa da aprovação da Câmara Legislativa para fazer eleições diretas nas Administrações Regionais. No entanto, o Executivo precisa enviar um projeto de lei, o que não ocorreu até o momento. No pacote de arrocho anunciado pelo socialista para tentar salvar o DF da crise, há ainda a previsão de reduzir o número de administrações de 31 para 24. No entanto, esta proposição também não chegou às mãos dos deputados distritais.