Brasília será a primeira cidade a adotar pacto pela alimentação saudável
Presidente Dilma Rousseff e governador Rodrigo Rollemberg assinaram acordo, na tarde desta terça-feira (3/11), que prevê o estímulo à agricultura familiar e a venda de alimentos in natura ou minimamente processados
atualizado
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Brasília será a primeira unidade da Federação a aderir ao Pacto Nacional para Alimentação Saudável, que prevê o estímulo à agricultura familiar e a venda de alimentos in natura ou minimamente processados. As medidas pretendem combater a obesidade e estimular a alimentação saudável. O decreto que cria o pacto foi assinado na tarde desta terça-feira (3/11) pela presidente Dilma Rousseff e o governador Rodrigo Rollemberg, durante abertura da 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.
Na ocasião, a presidente Dilma Rousseff lembrou que, em 1993, 32 milhões de pessoas passavam fome no Brasil e que a mortalidade infantil era de 39 crianças a cada grupo de 1 mil. “Em 2013, o Brasil saiu do mapa da fome das Nações Unidas. Não foi milagre, foi fruto de políticas consistentes para enfrentar a miséria e a fome”, defendeu.
A presidente usou o próprio exemplo para defender mudanças de hábitos. “Minha experiência mostra a importância da boa alimentação e da prática de exercícios físicos. É preciso combater a obesidade e o primeiro passo é a parceria entre governo e sociedade “, completou.
Líder de obesidade infantil
Embora os moradores adultos do Distrito Federal tenham o segundo menor percentual de sobrepeso do país, as crianças da capital lideram o ranking da obesidade. Uma em cada três crianças de 5 a 10 anos está acima do peso.
O governador Rodrigo Rollemberg lembrou o trabalho feito para promover a agricultura familiar no DF. “Entidades sociais recebem cerca de 70 toneladas de produtos. Temos que aproveitar a diversidade de alimentos e de possibilidades que temos “,disse.
Aleitamento
No mesmo evento, a presidente Dilma assinou o decreto que regulamenta a Lei nº 11.265, criada para estimular o aleitamento materno. O documento regulamenta a publicidade de leites artificiais, mamadeiras, fórmulas, farináceos, chupetas e papinhas.
Os fabricantes dos produtos estão proibidos de usar nas embalagens qualquer foto, desenho ou representação gráfica que induza ao consumo, assim como palavras e expressões “baby, kids ou ideal para o seu bebê “. Imagens de personagens de filmes, desenhos ou simbologias infantis também estão vetadas nos rótulos.
Cada produto deve ter um aviso nas embalagens sobre a idade correta para o consumo, sem esquecer o alerta para a importância da amamentação.
Os estabelecimentos terão um ano para adequação às medidas. Caso não cumpram o previsto no decreto poderão ser interditados e receber multas de até R$ 1,5 milhão. “Vamos estimular o aleitamento materno. Essas crianças serão determinantes para o futuro do país “, disse a presidente.