Atos pró-Marielle no DF marcam um ano do assassinato da vereadora
Em manifestações, lançamento de livro e sessão solene, participantes pediram a resolução do caso
atualizado
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O dia que marca um ano do assassinato da ex-vereadora do Rio de Janeiro (RJ) Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes foi repleto de homenagens no Distrito Federal. Nesta quinta-feira (14/3), após 12 meses do cometimento dos crimes, lideranças do PSol promoveram ações em memória da correligionária na Praça Zumbi dos Palmares, no Conic, e na Câmara Legislativa (CLDF).
No centro de Brasília, os manifestantes ostentaram 365 réplicas da placa da rua que recebeu o nome da vereadora fluminense no Rio de Janeiro. Cada uma representava um dia passado desde a morte de Marielle. “A ideia é fazer o registro desse momento simbólico para a posteridade: em contraposição às placas quebradas por correligionários de Bolsonaro, nós ergueremos centenas”, frisou o presidente da Comissão de Direitos Humanos da CLDF, Fábio Felix (PSol), um dos organizadores dos atos.
À tarde, o livro UPP: A Redução da Favela a Três Letras, baseado em uma dissertação da ex-parlamentar, foi lançado na Câmara Legislativa. A renda dos exemplares, vendidos a R$ 30, será revertida à família dela no Rio de Janeiro. Algumas cópias estão disponíveis para compra no gabinete de Fábio Felix.
Às 19h, uma sessão solene em homenagem às duas vítimas foi realizada na CLDF, com a presença de grupos de feministas, LGBTI+, estudantes e membros da sociedade civil organizada. Também participaram representantes da Anistia Internacional e da Organização das Nações Unidas (ONU).
Marielle Franco e Anderson Gomes foram mortos em uma emboscada, em 14 de março do ano passado, depois de participarem de uma agenda pública da parlamentar. Na última terça-feira (12), dois ex-policiais militares foram presos, suspeitos de serem os executores dos assassinatos. O mandante do crime e as motivações que levaram a ele ainda não foram revelados.