metropoles.com

Arruda e Agnelo receberam propina na obra do Mané, dizem delatores

O conteúdo da delação premiada assinada por executivos da Andrade Gutierrez, investigada na Lava Jato, veio à tona na noite de sábado (14/5) e envolve os nomes dos dois ex-governadores do DF

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
André Borges/Agência Brasília
mané garrincha
1 de 1 mané garrincha - Foto: André Borges/Agência Brasília

O conteúdo da delação premiada assinada por executivos da construtora Andrade Gutierrez, investigada na Operação Lava Jato, veio à tona na noite deste sábado (14/5) e envolve os nomes dos ex-governadores do DF, José Roberto Arruda, e Agnelo Queiroz (PT). Reportagem da TV Globo mostrou o pagamento de propina referente às obras do Estádio Mané Garrincha.

Clóvis Primo, um dos delatores e executivo da Andrade Gutierrez, afirmou que, antes mesmo da formação do consórcio que venceu a licitação para construir a arena, já havia um acerto, em 2009, que determinava o recebimento de 1% do valor em propinas para o então governador Arruda. O consórcio do Mané Garrincha era formado pela Andrade Gutierrez e pela Via Engenharia.

 

Mesmo após a prisão de Arruda, em 2010, o acordo de propina foi mantido, segundo a reportagem. Rogério Sá, outro executivo da Andrade Gutierrez, também afirmou que Agnelo Queiroz recebia propina de diretores da empreiteira. No caso do petista, no entanto, não havia, segundo a delação, um percentual estabelecido. Mas, segundo Rogério Sá, Agnelo teria pedido valores para o PT.

À TV Globo, o advogado de José Roberto Arruda afirmou que o contrato da construção do Mané Garrincha não foi assinado durante a gestão dele. Também negou que tenha havido repasse ou pagamento enquanto Arruda esteve no cargo.

O advogado de Agnelo Queiroz, em resposta à emissora, disse que o ex-governador nunca recebeu ou pediu qualquer quantia ou benefício ilícito de quem quer que seja. O PT informou que todas as doações para o partido foram dentro da legalidade e declaradas à Justiça Eleitoral

A obra do Mané Garrincha custou R$ 1,7 bilhão, foi a mais cara entre todos os estádios. A construção é objeto de investigações por órgãos de controle, como o Tribunal de Contas do Distrito Federal.

A reportagem também aborda em detalhes como funcionava o esquema de corrupção envolvendo a arena Amazonas, em Manaus. Segundo os delatores da Andrade Gutierrez, o ex-governador Eduardo Braga (PMDB) teria cobrado 10% de todas as obras tocadas pela empreiteira no estado. Os executivos informaram aos procuradores da Lava Jato que Eduardo Braga teria recebido R$ 30 milhões referentes à propina. O esquema teria funcionado durante os dois mandatos de Eduardo Braga e transbordado para o governo de Omar Aziz, que, segundo a delação, teria recebido R$ 10 milhões.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?