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Após pesquisas, Freixo amplia críticas a Crivella

A previsão de que no segundo turno a campanha para prefeito do Rio fosse mais “limpa” durou só uma semana

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Freixo e Crivella em debate na Band
1 de 1 Freixo e Crivella em debate na Band - Foto: Reprodução/Twitter

A previsão de que no segundo turno a campanha para prefeito do Rio fosse mais “limpa”, baseada na discussão de propostas, feita horas após a confirmação do resultado do primeiro turno, durou apenas uma semana. Nesta terça-feira, 11, um dia após a divulgação de pesquisa Ibope que mostrou Marcelo Crivella (PRB) com 26 pontos porcentuais à frente de Marcelo Freixo (PSOL), o candidato do PSOL aumentou as críticas ao adversário. Freixo passou a atacar Crivella por se recusar a participar de debates e, a partir de agora, deve partir para o confronto. O candidato do PSOL afirmou nesta terça-feira que a Crivella adota uma “atitude covarde, lamentável”.

Já Crivella tenta administrar a vantagem. Anunciou que não vai ao debate do SBT e se recusou a participar de um confronto promovido pelo jornal O Globo. Ainda não deu resposta sobre os programas da Rede TV! e da TV Globo. Como as emissoras só promovem debate se os dois candidatos comparecerem, a recusa de Crivella impede Freixo de expor seus projetos.

Com tempo para apresentar suas propostas no horário eleitoral neste segundo turno, Freixo – que passou de 22 segundos diários no primeiro turno para 20 minutos agora – usou os primeiros programas para apresentar sua biografia e um clipe com artistas como Chico Buarque e Caetano Veloso.

“Freixo está se apresentando ao eleitor, o que não tinha tempo de fazer na TV no primeiro turno. Muito eleitor ainda não o conhece. Ele teve apenas 18% dos votos e só foi ao segundo turno porque havia vários candidatos de centro-direita que dividiram os votos desse segmento”, disse o cientista político da PUC-Rio Ricardo Ismael.

O Estado apurou, porém, que o tom ameno da propaganda de Freixo na TV deve acabar nesta quarta-feira, 12. Inserções críticas a Crivella foram preparadas e poderão ser veiculadas para tentar reduzir a vantagem do adversário.

Mais conhecido, Crivella – cujo tempo na TV passou de 2 minutos e 22 segundos para 20 minutos diários – aproveitou os primeiros programas para apresentar propostas. “Crivella reuniu jovens da periferia, um público em que tem menos votos, e discutiu propostas concretas de geração de renda. O eleitor está cada vez mais cético quanto aos políticos, por isso não adianta falar ‘vou fazer isso, vou fazer aquilo’. Tem que mostrar propostas”, afirmou Ismael.

Tática

Para o cientista político, o cenário ideal para o Freixo era que ele tivesse um crescimento contínuo, “que a mesma onda que o levou ao segundo turno se repetisse agora”. “Às vésperas do primeiro turno, ele contou com o voto útil do eleitor da Jandira (Feghali, do PCdoB). Agora não tem mais isso. Então, para conquistar mais votos, ele vai ter que bater no Crivella. Sem atacar Crivella, Freixo não vai crescer.”

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