Após Panatenaico, Agnelo Queiroz participa de encontro petista

O Partido dos Trabalhadores se prepara para entrar 2018 com candidatos para a Presidência da República e o Governo do Distrito Federal. Com o grito de “Lula presidente” entoado, cerca de 500 pessoas se reuniram no Teatro dos Bancários na noite desta segunda-feira (16/10). Elas participaram do lançamento do projeto “O DF e o Brasil que o povo quer”. Nomes importantes do PT-DF prestigiaram o evento. Entre eles, uma surpresa: o ex-governador do DF Agnelo Queiroz, preso em maio pela Polícia Federal.

Quase cinco meses depois de ser detido durante a Operação Panatenaico, da PF, pelo suposto envolvimento em um esquema de corrupção durante a construção do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, Agnelo foi acompanhar o lançamento da plataforma digital. O ex-chefe do Executivo ouviu as discussões sobre o sistema que abrirá espaço para a população participar de debates e fazer propostas para a elaboração do plano de governo da legenda.

Ao lado da mulher, Ilza Queiroz, ele chegou ao auditório, sentou, foi anunciado e aplaudido pelos militantes e integrantes do PT. Agnelo, no entanto, não ocupou lugar à mesa principal do evento. Permaneceu ao lado da ex-primeira-dama no DF, na plateia (na imagem abaixo, o ex-governador, de camisa azul).

A presidente da agremiação no DF, Erika Kokay, abriu a apresentação do projeto após shows e confraternização entre correligionários. “Diferentemente de outros partidos que se resumem a uma discussão de nomes para disputar os espaços de poder, o PT quer dialogar com a população sobre um projeto democrático e popular para o Brasil e o DF”, afirmou.

Sem nome para o GDF
Embora Luiz Inácio Lula da Silva seja aclamado pelos petistas como candidato a presidente da República, ninguém arriscou sequer chutar um nome para a disputa no DF. Mas a garantia é de que haverá um candidato do partido para o cargo majoritário. “Esses encontros são nacionais. Lula está bem cotado nas pesquisas e, na nossa avaliação, não há provas para ele se tornar inelegível”, afirmou o senador Lindbergh Farias (PT-RJ).

Farias representou a senadora Gleisi Hoffmann, presidente da legenda no país, como integrante da direção nacional, pois ela não estava em Brasília. Embora Agnelo tenha ido a uma das primeiras reuniões públicas do PT após sua prisão, José Dirceu não arriscou: não compareceu ao lançamento. Condenado a 32 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa — em duas ações penais da Operação Lava Jato, ele está solto desde maio, tem autorização para morar em Brasília, mas é monitorado por tornozeleira eletrônica.

Também estavam presentes no local o ex-deputado federal Geraldo Magela; a ex-vice-governadora do DF Arlete Sampaio; o ex-presidente do PT/DF Roberto Policarpo e o deputado distrital Ricardo Vale, entre outros políticos da legenda.