“Aécio se transformou na maior decepção dos brasileiros”, diz Ferraço
O senador licenciado Ricardo Ferraço (PSDB-ES) divulgou há pouco uma nota lamentando a saída de Jereissati (CE) da Presidência do partido
atualizado
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O senador licenciado Ricardo Ferraço (PSDB-ES) divulgou uma nota lamentando a saída de Tasso Jereissati (CE) da Presidência do partido. O cearense perdeu o comando interino da sigla na tarde desta quinta-feira (9/11), um dia após oficializar sua candidatura a presidente dos tucanos, que realizam eleição interna em dezembro.
Tasso Jereissati foi destituído do comando interino da legenda pelo presidente nacional da sigla, Aécio Neves (MG), que estava afastado desde maio por ter sido gravado pedindo R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista. O caso levou o Supremo Tribunal Federal a determinar o afastamento de Aécio do mandato no Senado Federal e seu recolhimento noturno, mas o plenário da Casa suspendeu as sanções em 17 de outubro.
Na nota divulgada nesta tarde, Ferraço (imagem em destaque) declarou que, ao destituir Jereissati do comando tucano, Aécio mostra por que “se transformou na maior decepção dos brasileiros”
“Ao expulsar o senador Tasso da Presidência do PSDB, o senhor Aécio Neves revela total falta de pudor e limites na defesa de seus espúrios interesses. Por não ter se curvado aos interesses do (Michel) Temer, o senador Tasso é mais uma vítima do Aécio, que se transformou na maior decepção para os brasileiros. Vergonha!”, disse Ferraço na nota.
Aécio teria sido pressionado por ministros tucanos para retirar Tasso do comando do PSDB. O mineiro foi pessoalmente ao gabinete do cearense para informá-lo da decisão. O senador argumentou que era preciso garantir isonomia na disputa pela Presidência do PSDB, e, liderando os tucanos, Tasso estaria em vantagem. Aécio informou ainda que retomaria seu posto de presidente nacional do partido.
Além do senador cearense, concorre ao cargo o governador de Goiás, Marconi Perillo. Em nota divulgada por volta das 17h30, o goiano classificou de “correta e justa” a retirada do rival do comando partidário. Segundo ele, a medida “restabelece o equilíbrio de formas para a disputa na Convenção Nacional.”
“Seria antiético e nem um pouco isonômico o processo se essa decisão não fosse adotada, já que a máquina partidária poderia pender para o lado de quem estivesse no comando do partido”, ressaltou Perillo, em trecho da nota divulgada. Ele também destacou a história e biografia “respeitáveis” de Alberto Goldman. “Por certo, conduzirá com isenção, espírito público e ética o processo sucessório interno nos 30 dias que antecedem a convenção, marcada para 9 de dezembro”, acrescentou.