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Adiada análise do veto de Rollemberg à eleição para administrações

Autor do projeto aprovado em dezembro, Chico Vigilante disse que GDF ameaçou retirar cargos de distritais da base

atualizado

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1 de 1 cldf plenário camara - Foto: JP Rodrigues/Especial para o Metrópoles

A Câmara Legislativa adiou, nesta terça-feira (20/2), a apreciação do veto ao Projeto de Lei n° 951/2016, a pedido do próprio autor da proposta, deputado distrital Chico Vigilante (PT). O petista acusou a equipe de Rodrigo Rollemberg (PSB) de ameaçar deputados da base com a demissão de indicados por eles.

Aprovado em dezembro passado, o PL do petista institui a eleição para administradores regionais. O governador vetou a matéria e, na segunda-feira (19), apresentou uma versão elaborada pelo Palácio do Buriti.

A tática de Chico Vigilante era paralisar a tramitação do projeto do governador, já que, enquanto a Câmara Legislativa não analisar o veto ao PL n° 951/16, a proposição do Executivo não poderá tramitar, por já existir uma proposta de igual teor na Casa.

“O que está acontecendo é o de sempre: o GDF está ameaçando tomar da base cargos e espaços dentro do governo se o veto for derrubado. Se eles sabem jogar, eu também sei. Vamos levar a votação [do veto] mais para a frente e conseguiremos o número de deputados necessário para a derrubada do veto”, disse Vigilante.

A mudança repentina dos distritais levou Bispo Renato Andrade (PR) a questionar a nova postura, especialmente a dos governistas. “Os deputados aprovaram, por unanimidade, a lei da eleição para as administrações regionais, mas agora vão voltar atrás por pressão do governador? Onde fica a dignidade desta Casa? Esse governador é mestre em derrubar pontes: pontes de relacionamento com esta Casa, com a população e com os servidores”, criticou o parlamentar.

Discussões
Nesta terça (20), os debates em plenário sobre a votação do veto foram iniciados com o próprio Chico Vigilante, o qual acirrou os ânimos com a acusação de que o GDF teria plagiado a maior parte de sua proposta.

A diferença, segundo ele, estaria em apenas dois pontos. O primeiro, sobre quando ocorrerão os pleitos – o texto de Vigilante prevê votação nos primeiros três meses de 2019. Já a versão de Rollemberg determina que a escolha popular seja feita com as eleições majoritárias, e a primeira ocorreria apenas em 2022. Outra diferença é que a proposta do Buriti exige dos candidatos filiação partidária, obrigatoriedade não prevista no projeto do petista.

Mais críticas
Além de Vigilante e Bispo Renato, outros deputados, como Cláudio Abrantes (sem partido), Celina Leão (PPS) e Wasny de Roure (PT), usaram a tribuna para chamar de “cópia” a proposta do governo.

“O governador precisou esperar a Câmara Legislativa aprovar um projeto – de uma promessa que foi dele – para só então se mexer e mandar uma proposta. E, quando a mandou, trata-se de uma cópia”, disse Celina Leão.

Líder do governo, Agaciel Maia (PR) tentou amenizar a situação, destacando que o projeto de Rollemberg prevê a revogação de leis aprovadas anteriormente: “A proposta do deputado Chico Vigilante é frágil do ponto de vista legal. A derrubada do veto não mudará o trabalho que faremos para aprovar o texto do governo”.

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