Policial penal que atirou em show de Israel e Rodolffo responde por tortura
Dhyogenes Ícaro Silva de Sousa responde a processos por tortura e violência doméstica. Duas pessoas ficaram feridas no show de Paracatu
atualizado
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De acordo com documentos obtidos pela reportagem, Dhyogenes “borrifou spray de pimenta” nos olhos dos presos. No dia seguinte, algemou um dos detentos em posição de “procedimento”, quando a pessoa é obrigada a ficar sentada e com as mãos na cabeça. Em sequência, ele e um colega teriam começado a agredir um preso até que o homem vomitasse sangue.
Segundo foi relatado à promotoria de Justiça de São Domingos, o detento teria pedido a Deus que os dois o matassem já que não estava aguentando mais apanhar. Os agentes teriam mandado o preso calar a boca e deram um tiro de bala de borracha nas costas dele. Em seguida, chutaram as pernas e a barriga do detento.
No dia seguinte, o preso foi encaminhado a um hospital para realização de exames e as agressões foram constatadas. O processo é de 2018 e a última movimentação foi em setembro de 2022. Após as denúncias, Dhyogenes foi afastado do cargo de diretor da unidade prisional.
Violência contra a mulher
A mulher solicitou uma medida protetiva contra o policial penal, que foi acatada pela Justiça.
Tiro em show
Na madrugada de sábado (15/4), durante o Paracatu Rodeo Festival, Dhyogenes Ícaro Silva deixou duas pessoas feridas ao disparar tiros durante o show da dupla Israel e Rodolffo.
Segundo os organizadores do evento, as pessoas atingidas pelos disparos receberam assistência médica no local e não correm riscos. Após o ocorrido, os shows seguiram acontecendo normalmente.