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Policial civil que atirou em delegada e agrediu mulher em bar vira réu

O caso aconteceu em 27 de dezembro de 2023. O agente da PCDF vai responder pelos crimes de injúria, ameaça e lesão corporal grave

atualizado

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Arquivo cedido ao Metrópoles
Rodrigo Dias, agente da PCDF preso após atirar em delegada
1 de 1 Rodrigo Dias, agente da PCDF preso após atirar em delegada - Foto: Arquivo cedido ao Metrópoles

O agente da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDFRodrigo Rodrigues Dias, acusado de agredir duas mulheres e atirar em uma delas em dezembro de 2023, se tornou réu depois de a 2ª Vara Criminal de Águas Claras aceitar a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). A delegada Karen Langkammer, que acabou baleada no pé, foi uma das agredidas.

O caso aconteceu em um bar em Vicente Pires, e câmeras de segurança flagraram o momento. Rodrigo agredia a mulher que sentava ao lado dele e, ao ser repreendido pela delegada, sacou a arma dentro do bar e ameaçou clientes.

O agente chegou a ser detido pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) na data, mas no mesmo dia passou por audiência de custódia e foi liberado.

Agora, Rodrigo responderá pelos crimes de injúria, ameaça, lesão corporal grave e disparo arma de fogo em lugar habitado. A denúncia do MPDFT foi recebida pela Justiça em 20 de junho.

Câmeras registraram a briga

No vídeo registrado pelas câmeras de segurança do estabelecimento é possível ver o momento em que o agente da PCDF agrediu as duas mulheres. Rodrigo estava sentado ao lado de uma mulher e um colega.

Primeiro, ele puxa o cabelo da companheira, e os dois passam a se agredir. Logo em seguida, a vítima muda de lugar. Momentos depois, a delegada aparece acompanhada de um homem e passa a repreender o agressor.

Os envolvidos iniciam uma briga, e, em dado momento, o agente chega a sacar a arma dentro do bar e ameaça os clientes. Confira:

A Polícia Militar do DF (PMDF) foi acionada. Os PMs viram que o suspeito estava atrás de um carro e tentaram negociar a rendição.

O homem colocou as mãos para cima e foi desarmado pelos policiais. Ele usava uma pistola Glock 9 mm e portava oito munições e um carregador.

Passagem por violência doméstica

Conforme apurado pela coluna Na Mira, Rodrigo já tinha passagem por crimes de violência contra a mulher.

Em 2018, a então companheira dele, uma sargento do Corpo de Bombeiros do DF (CBMDF), denunciou o marido com base na Lei Maria da Penha. Segundo a vítima, o policial é muito possessivo, ciumento e tem problemas com álcool. O casal tem duas filhas.

No dia da agressão, a militar relatou que Rodrigo Dias ficou nervoso porque ela não o acompanhou a uma festa de família. Segundo a vítima, ele chegou em casa bêbado e muito agressivo. Começou a xingar, agarrou-a pelos braços e deu uma chave de punho.

O homem também tentou enforcar a companheira, mas foi impedido por uma das filhas do casal. A mulher chamou a polícia, pediu medidas protetivas de urgência e foi encaminhada ao Instituto de Medicina Legal (IML). Ainda de acordo com a sargento, ela era ameaçada constantemente pelo marido.

A reportagem não localizou o policial civil nem a defesa dele. O espaço segue aberto.

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