Policial civil diz que atirou em cão no DF para proteger filho
Caso ocorreu na manhã deste sábado (26/11), na rua do Jóquei Clube de Brasília. Câmeras de segurança da região registraram a situação
atualizado
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O homem flagrado ao atirar em um cachorro na rua do Jóquei Clube de Brasília, na manhã deste sábado (26/11), é agente da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Após o ocorrido, ele se apresentou espontaneamente na 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires), para informar os fatos.
O policial disse à corporação que saía de casa com o filho na garupa quando a motocicleta foi cercada por cachorros que teriam tentado atacar os dois.
Para evitar as mordidas, o agente alegou que, primeiro, tentou chutar os animais; depois, atirou para “afastar os cães”.
O policial, que não teve a identidade divulgada, disse que recebeu mordidas em outra ocasião e que, à época, moradores e o síndico do condomínio em frente ao local do ocorrido souberam da situação.
A corregedoria da PCDF apura o fato, por se tratar de ocorrência que envolve policial civil.
O caso
Câmeras de segurança na região do Jóquei Clube de Brasília registraram o momento em que o cachorro foi baleado pelo motociclista, em via pública, na manhã deste sábado (26/11). O caso aconteceu por volta das 8h.
As imagens são fortes e mostram quando o policial civil trafega pela pista da região quando atira no cachorro, que estava em companhia de, ao menos, outros quatro cães.
No vídeo, aparecem os animais próximos à motocicleta. O condutor, acompanhado pelo filho na garupa, puxa a arma da cintura e dispara.
Em seguida, os cães não atingidos se aproximam do animal ferido, na tentativa de ajudá-lo, enquanto o cão baleado agoniza no asfalto.
As imagens são fortes:
O tiro acertou a mandíbula do animal, segundo testemunhas. A bala ficou alojada, mas o animal não morreu.
Socorro
O bicho foi socorrido por protetores e levado a um hospital veterinário. Ele passou por cirurgia e tem estado grave.
Gleison William Lucas Bezerra, morador de um condomínio na região, socorreu o cachorro ferido. Protetor de animais, ele estava em casa quando ouviu o tiro e saiu para ver o que acontecia.
“Eu tomava café da manhã quando tudo aconteceu. Eles são cães comunitários que mandamos [para] castrar e, depois, cuidamos deles. Ele quebrou um dente, e os estilhaços [da bala] ficaram alojados [no corpo do cachorro]. Agora, vamos cobrar investigação, para que o responsável seja punido e pague pelos gastos”, frisou Gleison.